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PACIENTE INTERNADO NO HOSPITAL, - Teses FIOCRUZ

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grave, o caminho que é problema, complicações. O que ainda é bom são os<br />

resultados, intermediados por ações do hospital que podem ser minimizadas. Sabe que<br />

podem acontecer e se esforçar para que essas complicações sejam infreqüentes. [O<br />

paciente teve sua] barriga aberta e não levou o gânglio para biopsia, com gânglios na<br />

barriga, alguém errou no caminho... O meio do caminho é da maior responsabilidade.<br />

Quem tá evoluindo no processo é quem se responsabiliza”. O percurso é caracterizado<br />

pela transmissão da informação, a comunicação, que passa pelo envolvimento de todos<br />

com cada paciente.<br />

O Hospital é colocado pelo Paciente Paulo, como um lugar de importância de<br />

direito, e não de fato, e são as próprias pessoas que vão poder modificar essa visão<br />

construída pela sociedade, quando ele relata: “hospital varia de acordo com cada<br />

hospital, bom, ruim excelente. Hospital principalmente o público é um bem para a<br />

humanidade. Forma alternativa de se cuidar. Principalmente o público porque, se não,<br />

morreriam. Doenças matam e não percebem. Hospital é base na sociedade. Sociedade<br />

precisa de hospitais para atender toda a comunidade. Teria que ter em todo lugar”.<br />

Em casa, o paciente faz a hora, no hospital espera acontecer. Nas instituições a<br />

hora é feita pelas rotinas, porém, mesmo com as tensões que o sujeito vivencia, ele se<br />

modifica e modifica a instituição. Kaës (1991:13-14) “...a instituição é atravessada por<br />

ordens diferentes às quais correspondem lógicas diferentes: sociais, políticas,<br />

psíquicas... Formações e espaços psíquicos comuns fomentados, produzidos e<br />

gerenciados pela instituição, a partir das contribuições e dos investimentos que ela<br />

exige dos seus sujeitos. Por outro lado, os interesses e os benefícios que aí se<br />

encontram, o prazer e o sofrimento que aí experimentam deverão ser igualmente<br />

avaliados”. Assim, como as rotinas são necessárias para o funcionamento da<br />

instituição, as exceções são essenciais, quando lidamos com seres humanos, pois<br />

possibilitam a individualidade e liberdade do sujeito.<br />

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