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PACIENTE INTERNADO NO HOSPITAL, - Teses FIOCRUZ

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“Às vezes chega paciente que já internou e outro que nunca internou. O<br />

paciente que já internou é mais fácil, já sabe a rotina. E quando não internou não<br />

sabe, tem medo de como é, do soro, da medicação, quantos dias vai ficar. Isso, às<br />

vezes, melhora, às vezes não. Teve uma paciente que internou no CTI, quando<br />

saiu, perguntava se estava bem, queria ouvir que estava bem. E falava pra ela<br />

que sim”.<br />

“Eu agora estou estudando Direito. Daqui alguns anos não estarei na<br />

enfermagem. A escolha do curso de Direito foi porque desde que um irmão, que é<br />

promotor, falava de processos, começou essa intenção. Por enquanto, estou<br />

fazendo curso.<br />

“O hospital é muito sacrifício, desgasta muito o profissional. No ambulatório,<br />

são quarenta, e vinte na internação. É um desgaste no dia a dia. O convívio dá um<br />

desgaste emocional. Acompanha o sofrimento dele. Quando não melhora não é<br />

bom. Não estão progredindo. Pior coisa é o paciente desenganado, não dá ânimo<br />

nem de abrir a porta do quarto”.<br />

agrava”.<br />

“Melhor momento não tem. Pior é quando o paciente complica, e o caso se<br />

“Para melhorar, é preciso ter mais gente para trabalhar, mais aparelho. Tirar<br />

aparelho de um ruim para um pior, poder tirar sem danos. Mais vaga no CTI, tem<br />

dez leitos. Melhorar equipamentos, camas, material, poucos suportes, quando tem<br />

que colar com ataduras e esparadrapos, estão capengas. As camas estão<br />

desgastadas, tem diferenças, camas altas, e técnicos de enfermagem são baixos,<br />

e sem carrinhos no pé das camas. De um modo geral são poucas pessoas altas, e<br />

têm pacientes obesos. Enfermeiros tem problemas de coluna, tendinite, pressão<br />

alta tem bastante, talvez pelo estresse do profissional, a maioria trabalha em dois<br />

ou três lugares. A remuneração é pequena e trabalha em mais lugares”.<br />

“A medicação costuma atrasar um pouco para administrar, não é sempre.<br />

A demora, em relação ao ambulatório, é menor para marcação de exames. No<br />

ambulatório, marca a retorno para as consultas e os exames ainda não foram<br />

feitos, não estão no prontuário. Internado rapidinho é marcado”.<br />

“O que influencia depende do caso do paciente. Paciente muito dependente<br />

da família, sente sempre seguro com a família por perto . Família ajuda, dando<br />

apoio emocional”.<br />

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