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PACIENTE INTERNADO NO HOSPITAL, - Teses FIOCRUZ

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Médico infectologista - professor assistente universitário João, 39<br />

anos, formado há 16 anos, só trabalha na UFRJ, sem consultório particular.<br />

[A entrevista fora agendada e realizada em sua sala].<br />

“Em 1984, me formei e dei de cara com a epidemia de Aids, eram<br />

pouquíssimos casos. Fui fazer residência em São Paulo, lá existiam vários casos<br />

logo no primeiro mês. Fiquei em São Paulo por 2 anos. Depois vim pro Rio para<br />

fazer o mestrado na UFRJ (entrei como mestrando), a epidemia de Aids foi<br />

crescendo. Em 87, resolvi prosseguir nos casos de Aids na UFRJ, talvez pela<br />

epidemia abriu contratação, através de concurso para infectologista. Fiz<br />

processo de seleção, passei no concurso em agosto de 87. Faço ambulatório até<br />

hoje”.<br />

“Sou separado, tenho dois meninos de 12 e de 10 anos. Casei durante os<br />

dois anos de residência. Como não sei ser pai de quinze em quinze dias, foi<br />

exigência minha, na separação, e combinamos que, por exemplo, segunda e<br />

terça ficariam com ela, quarta e quinta comigo e final de semana com ela, e<br />

assim cada um ficaria com eles não só o fim de semana porque é muito curtinho.<br />

Tem dois anos que estou separado”.<br />

“Fora do trabalho jogo futebol duas vezes por semana, gosto de andar de<br />

bicicleta, assistir televisão, cinema, jantar fora, dançar, namorar, passear com os<br />

filhos, fazer passeios em cachoeiras, entrar no mato, pico, floresta”.<br />

“Tenho muitos amigos, aqueles que estão pro que der e vier, colegas de<br />

colégio, tinha amigos que eram amigos do casal e, na separação, eles se<br />

afastaram, perde um pouco, e amigos que é a minha família também”.<br />

“Adoro o meu trabalho, considero importante e adoro ensinar, o aluno fica<br />

comigo no ambulatório, supervisiono, gosto muito de ver doente, de dar atenção,<br />

de decidir com eles, particularmente os casos com Aids, gosto muito de explicar<br />

para os pacientes, acho que a linguagem tem que ser universal, de forma que eles<br />

entendam e não de forma leiga demais - explica o que é vírus HIV, o que minimiza<br />

a expectativa do paciente por menor nível de entendimento, acho que eles têm<br />

capacidade de entender, eles sabem tudo da história deles, trocam nomes<br />

‘tochoplasmose’... Não tem nada que os pacientes escondam de mim, quando<br />

não tomam eles falam. Tem um trabalho feito com entrevista com médico e<br />

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