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PACIENTE INTERNADO NO HOSPITAL, - Teses FIOCRUZ

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do mundo que reservamos para organizar, cuidar e fazer o nosso habitat”.<br />

Entre figuras exemplares de cuidado, Boff (1999:171-172) cita Madre Teresa de<br />

Calcutá, verdadeiro espírito missionário em ação, “é mais importante tocar que curar. A<br />

mão que toca, cura porque leva carícia, devolve confiança, oferece acolhida e manifesta<br />

cuidado. A mão faz nascer a essência humana naqueles que são tocados... Mais que<br />

remédios, é essa atitude de cuidado essencial que cura e resgata a humanidade ferida”.<br />

Neste trabalho utilizaremos muitas contribuições da teoria psicanalítica, pois nos<br />

oferece generalizações esclarecedoras, mantendo, ao mesmo tempo, um apurado<br />

respeito pela complexidade e a singularidade de cada um de nós, como seres<br />

humanos. A palavra care é uma palavra-chave da prática psicanalítica, para Masud<br />

Khan (1984:2-3): “to care não é simplesmente cuidar; é dar atenção, é importar-se, é<br />

inquietar-se, é preocupar-se”.<br />

Para o psicanalista Winnicott (1996:87), “a palavra ‘cura’ assinala um<br />

denominador comum entre a prática médica e a religiosa... e em suas raízes, signifique<br />

cuidado. Mais ou menos por volta de 1700, ela começou a degenerar, passando a<br />

designar um tratamento médico”.<br />

Como as pessoas estão convivendo com a tecnologia e a humanização nas<br />

relações no espaço hospitalar? Para que tudo aconteça da melhor forma, não é só<br />

necessário que a tecnologia apresente-se como uma única solução, mas também que<br />

ocorra o envolvimento dos profissionais de saúde e da família em todo o processo.<br />

O avanço tecnológico não deve esquecer a importância do humano. O paciente<br />

tem o direito de ser tratado como pessoa que ele é. De fato, a Equipe de Saúde entra<br />

em contato permanente com a dor e o sofrimento. O nascer e o morrer. O paciente não<br />

necessita apenas de equipamentos, mas, sobretudo, de comunicação humana como<br />

nos exemplifica o Companheiro Mário em sua entrevista: “a parte [da área da<br />

internação] que já teve reforma ficou muito bom, muito mais humano. Parece coisa de<br />

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