PACIENTE INTERNADO NO HOSPITAL, - Teses FIOCRUZ
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Médico Residente Pedro, 27anos, especialização em clínica médica, aluno<br />
da UFRJ em 91, formou-se em 97, 98 e 99 fez residência clínica agora em DIP<br />
[Doenças Infecciosas], mora sozinho, e só trabalha no HUCFF.<br />
[Entrevista realizada numa sala de aula na própria enfermaria].<br />
“Gripe”.<br />
“Fora do trabalho faço muita coisa, ginástica, análise desde setembro 99,<br />
tenho muito convívio familiar, muitos amigos, grupos diferentes faculdade, escola,<br />
igreja”.<br />
“Considero importante no trabalho a responsabilidade técnica, doentes que<br />
exigem muita responsabilidade, fidelidade com eles, doentes que vão ficar aqui a<br />
vida inteira, ponto de apoio. A maior parte acompanha serviço no ambulatório de<br />
SIDA [Síndrome de Imuno Deficiência Adquirida]. Tratamento que diria a vida<br />
toda. O hospital é onde recorrem para pegar medicação, apoio questão<br />
psicológica, chegam sem saber o que eles tem, eles conversam, médico e a<br />
equipe pode esclarecer”.<br />
“A busca da análise esteve mais ligado a situação que envolve fora da<br />
instituição, que vivem com este problema. Setembro, quando fui morar sozinho.<br />
Aliás, morava no apartamento da minha irmã que estava fora, e ela voltou, então<br />
resolvi morar sozinho. Há três anos moro sozinho. Aí começei do zero a<br />
mudança... Questão de relacionamento pesa”.<br />
“Desde formado tenho interesse pela especialidade de DIP [Doenças<br />
Infecciosas]. No internato a gente passa um ano e meio rodando em todas<br />
enfermidades. Oncologia, eu gostava mas não tinha cadeira de teoria, ficava<br />
distribuído nas especialidades. Tive dúvida entre DIP e onco. Fiz residência no<br />
INCA, que precisa um ano de clínica. Na clínica médica crônica, é difícil adesão,<br />
como diabete, hipertensão, implica em mudança de hábito, é muito difícil,<br />
complicada e frustrante para médico porque paciente geralmente não faz<br />
tratamento adequado. Na AIDS, há um compromisso maior por estar vivo. Alguns<br />
não aderem por limitação cultural. No Fundão, de um modo geral, o nível social<br />
é baixo. Na AIDS, o nível cultural é muito variado. Paciente vincula-se ao serviço<br />
público para medicação. Tem um acompanhamento razoável. Na DIP, a faixa é<br />
muito heterogênea. Maioria são homens, mais homossexuais, e que tem poder<br />
aquisitivo melhor. Eles são pessoas mais atiradas, e tem uma vida mais ou<br />
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