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PACIENTE INTERNADO NO HOSPITAL, - Teses FIOCRUZ

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APRESENTACÃO<br />

Só podemos falar a partir do espaço que ocupamos. Acredito que só foi possível<br />

desenvolver esse trabalho pela minha trajetória de vida. Tive presenças que muito me<br />

ajudaram e ajudam até hoje nos meus percursos pessoais e profissionais.<br />

Neste trabalho tematizo principalmente questões a partir da minha experiência<br />

profissional, perpassando pelos papéis de paciente e familiar os quais também já<br />

vivenciei. Trabalho em hospitais desde o início de minha graduação, por três anos e<br />

meio no Hospital Municipal Nossa Senhora do Loreto. Assim que concluí o Curso de<br />

Psicologia, ingressei no Centro de Pesquisa Hospital Evandro Chagas, que assiste e<br />

realiza pesquisas com pessoas portadoras de Doenças Infecciosas, entre elas a Aids, lá<br />

permaneço há treze anos.<br />

O trabalho clínico hospitalar traz reflexões pessoais, profissionais e institucionais<br />

de especial relevância, devido à relação próxima com a sexualidade, o adoecimento, a<br />

morte... Na internação hospitalar existem situ-ações [ações situadas em um<br />

determinado lugar, e esse lugar nem sempre acessível à consciência, as quais nem<br />

sempre se percebem no submundo de desatinos] importantes, e que demandam<br />

providências.<br />

Em muitos momentos na minha vida, minhas idéias foram absorvidas e percebi<br />

que geraram ações com as quais não só fiquei satisfeita como percebi que agradara ao<br />

outro também. Essa retro-alimentação foi fazendo parte do meu modo de trabalhar, de<br />

ouvir o outro, e o que ele tem a dizer, é importante e pode mudar-nos o nosso dia a dia.<br />

É preciso ter respeito para com o outro, ao ouvi-lo, para que não se fique na mera<br />

repetição de atos. Diz Jorge Valadares (2000:87): “as pessoas ouvidas se predispõem a<br />

ouvir. O respeito vem de uma capacidade de olhar de novo (re-spectare), e a<br />

responsabilidade vem da capacidade de responder a chamados.”<br />

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