PACIENTE INTERNADO NO HOSPITAL, - Teses FIOCRUZ
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podia fazer e pedia pra eu fazer, pensava eu que paciente chata. Fui pra casa<br />
pensando nesta paciente, que ela era chata. Pensei me colocar na situação dela,<br />
me coloquei no lugar dela, longe de sua vida social, sua família, deve ser muito<br />
ruim. Pensa como vai ser tratado, tem medo da morte, se vai ficar internada, e<br />
não vai voltar mais, que não vem ninguém para visitá-la, quando será que vai<br />
embora, não agüenta mais ficar aqui. Teve um paciente que falou que ia botar a<br />
roupa comum e descer, ninguém vai saber que sou paciente. Falei com ele que<br />
não adianta que o hospital vai buscar você em casa. Paciente disse: então, não<br />
vai adiantar mesmo! Eles têm cuidado mesmo! E ficou falando disso para o outro<br />
paciente. E pensei que foi bom falar isso pra ele, fiquei rindo à toa!”<br />
“Tem paciente que chega com família na emergência para internação, sobe<br />
com ele, chega e fica muito triste. Principalmente paciente que interna e já fica no<br />
isolamento respiratório, no caso de suspeita de ter BK ou quando não se tem<br />
certeza. Quando a família é presente, participa, família traz rádio, televisão,<br />
celular, parece quarto particular, não sente tanto. Quando está com dieta livre,<br />
traz comida. Ainda não preenche, sabe que está internado, mas quer que a<br />
família esteja presente. Tem paciente que mora sozinho, sem família presente ou<br />
sem tanto contato com ela, e, pelo preconceito da doença, deixa ele de lado, por<br />
isso até que ele mora sozinho, esse paciente interna e conta muito com a<br />
enfermagem, principalmente isolamento respiratório, principalmente sem<br />
televisão, eles se deprimem muito. É um paciente que já chega sozinho. Tem que<br />
conversar muito com esse tipo de paciente. Eles dizem que: Ah! Não agüento<br />
ficar mais aqui, estava mal humorado, é um direito dele. Quando saiu e pôde<br />
circular, mudou, ficou mais extrovertido, virou uma outra pessoa”.<br />
“A família é um suporte fundamental, que se interessa, se preocupa com o<br />
paciente, que está numa fase difícil, faz com que ele sinta que não está sozinho.<br />
Visita todo dia aqui é mais liberado, três às quatro horas da tarde, e final de<br />
semana de três às cinco horas. Tem hospital que são duas vezes por semana.<br />
Não são todos da família que tem tempo, e quando não trabalham fora todo dia.<br />
Principalmente final de semana que vem mais gente, os pacientes ficam mais<br />
ansiosos. Teve um paciente que entornou urina na cama, e falou: “justamente<br />
agora na hora da visita”. Ficou com medo da enfermagem brigar com ele, e a<br />
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