31.05.2013 Views

Caminhos para a universalização da inTerneT banda larga

Caminhos para a universalização da inTerneT banda larga

Caminhos para a universalização da inTerneT banda larga

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

exclusão digital no brasil e em países emergentes 207<br />

Percebe-se que os países analisados partiram em 2005 de patamares razoa-<br />

velmente similares quanto ao número de assinaturas, que não ultrapassava o<br />

índice de duas assinaturas por 100 habitantes. México e Argentina aumenta-<br />

ram este índice <strong>para</strong> algo em torno de 10 assinaturas por 100 habitantes. Já o<br />

Brasil conseguiu terminar a déca<strong>da</strong> com 6,8 assinaturas por 100 habitantes,<br />

ficando à frente apenas <strong>da</strong> África do Sul (com 1,48) e <strong>da</strong> Índia (0,9), conforme<br />

<strong>da</strong>dos <strong>da</strong> União Internacional de Telecomunicações (UIT).<br />

Outro modo de olhar a penetração <strong>da</strong> Internet ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong> é através do<br />

percentual de domicílios com o serviço ativo. No Brasil, este índice terminou<br />

a déca<strong>da</strong> em torno de 24% <strong>da</strong>s residências urbanas com ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong> (fixa e<br />

móvel). O que significa dizer que dentre os lares com algum tipo de acesso (31%<br />

do total <strong>da</strong>s residências, conforme <strong>da</strong>dos do CGI.br, 2011), boa parte o faz via<br />

ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong>, o que demonstra que a conexão disca<strong>da</strong> é minoritária no país. Por<br />

outro lado, importante notar que cerca de 70% dos lares urbanos brasileiros<br />

até 2010 não possuíam qualquer tipo de acesso. Neste indicador, o desempe-<br />

nho brasileiro também ficou atrás <strong>da</strong> Argentina que, em 2010, tinha 32% dos<br />

lares com ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong>, e relativamente próximo do México, com 21%. Quanto<br />

ao número de computadores nos domicílios, cerca de 35% dos domicílios bra-<br />

sileiros tinham computador, perdendo novamente <strong>para</strong> a Argentina, com 40%<br />

de domicílios com computadores.<br />

Um dos fatores que forçam os índices brasileiros <strong>para</strong> baixo é o alto custo<br />

do serviço no país, em com<strong>para</strong>ção à média internacional e à ren<strong>da</strong> média do<br />

ci<strong>da</strong>dão brasileiro:<br />

De fato, o custo <strong>da</strong> ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong> no Brasil é alto <strong>para</strong> a reali<strong>da</strong>de socioeconômica<br />

brasileira. De acordo com pesquisa realiza<strong>da</strong> pelo IPEA, o gasto com ban<strong>da</strong> lar-<br />

ga representa 4,5% <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> mensal per capita brasileira. Na Rússia, ele repre-<br />

senta 1,68% e, nos países desenvolvidos, 0,5% (Brasil, 2010, p. 15).<br />

Dentre os motivos que levariam à inexistência de computadores em 65%<br />

<strong>da</strong>s residências brasileiras nesta primeira déca<strong>da</strong>, a barreira do custo finan-<br />

ceiro aparece como uma <strong>da</strong>s principais razões, segui<strong>da</strong> <strong>da</strong> falta de interesse<br />

ou de habili<strong>da</strong>de em relação ao uso do equipamento, como aponta o gráfico <strong>da</strong><br />

Figura 2.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!