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Caminhos para a universalização da inTerneT banda larga

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378 enTrevisTas<br />

única, acabando com o regime público e transformando os bens reversíveis em<br />

obrigações voluntárias de investimento em infraestrutura.<br />

Em uma entrevista, ele diz que é mais fácil <strong>para</strong> a Anatel fiscalizar o regime privado do<br />

que o público.<br />

Não é ver<strong>da</strong>de. O que houve foi um descuido do poder público e <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de.<br />

Ninguém ficou pensando que a concessão acabaria em 2025 e o governo receberia<br />

de volta até os prédios. Então o que está acontecendo hoje: a Oi foi vender<br />

não sei quantos prédios e de repente a Anatel caiu em si. Houve uma ação de<br />

embargo e a Oi teve que <strong>para</strong>r de vender os prédios. Começou com a Telefônica,<br />

em São Paulo. Esses prédios são parte <strong>da</strong> outorga.<br />

A proposta dele incluiria até a licença do SeAC [Serviço de Acesso Condicionado].<br />

Seria uma licença única <strong>para</strong> ofertar vários serviços.<br />

Ele fez uma proposta engenhosa, que tem de ser estu<strong>da</strong><strong>da</strong> e compreendi<strong>da</strong>.<br />

Para pensar, hoje, no regime público e no serviço público, é preciso ter argumentos.<br />

Eu não vou sair criticando ideologicamente, só porque eu não gostei<br />

<strong>da</strong> proposta. Porque a proposta está <strong>da</strong><strong>da</strong>, é uma ideia. Eu posso não gostar<br />

dela, mas pelo menos alguém colocou uma proposta na mesa. Ela pode ser<br />

ruim <strong>para</strong> a socie<strong>da</strong>de, mas é inteligente...<br />

Se hoje só há dois atores em regime público, como a Oi e a Telefônica em São Paulo,<br />

isso limita esse processo?<br />

Existem outras, mas não se trata disso. A questão é você preservar ou não o<br />

regime público, porque a empresa atuar em regime público significa preservar<br />

o papel do Estado. É isso que tem que ser entendido. Não é apenas uma solução<br />

jurídica. O regime público significa a presença <strong>da</strong> União, do Estado. Ele é<br />

o prestador, e pode ou não outorgar a terceiros. Significa que o Estado tem o<br />

poder de estabelecer regras e obrigações claras. Então o regime público é fun<strong>da</strong>mental<br />

no mundo inteiro, <strong>para</strong> tudo.<br />

Como outros países no mundo resolvem esse tipo de problema?<br />

O regime público está acabando. Nos Estados Unidos, por exemplo, nunca houve<br />

regime público tal como nós conhecemos. É uma invenção europeia. Eram as<br />

PTTs, Post Telephone Telegraphs, as estatais de correios, telégrafo e telefonia.<br />

As grandes companhias estatais europeias de telecomunicações: a Telefônica na<br />

Espanha, a Deutsche Telekom na Alemanha, a France Telecom na França, a British<br />

Telecom no Reino Unido. Eram companhias estatais de prestação de serviço

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