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Caminhos para a universalização da inTerneT banda larga

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340 enTrevisTas<br />

Na telefonia móvel o que nós percebemos hoje é uma enorme distorção no mer-<br />

cado. Quando se fala em um número de 250 milhões de assinantes móveis em<br />

abril de 2012, fica evidente que existe uma utilização de chips muito superior à<br />

necessi<strong>da</strong>de de comunicação dos assinantes. O que é isso? Isso são as empresas<br />

que compram chips no atacado <strong>para</strong> colocar nos seus PABX e desviar as ligações<br />

<strong>para</strong> que elas sejam sempre on-net, ou os consumidores que têm o desconforto<br />

de ficar trocando chips, <strong>para</strong> ligar <strong>para</strong> A ou <strong>para</strong> B sempre on-net e, quando<br />

erram, são penalizados brutalmente com um valor absolutamente ridículo co-<br />

brado por uma ligação de uma rede <strong>para</strong> outra. Isso prejudica a competição e<br />

prejudica o consumidor, seja corporativo ou residencial individual. A Anatel<br />

deveria atuar claramente nesse ponto, fazendo com que a interconexão fosse<br />

orienta<strong>da</strong> ao custo econômico de entrar na rede do outro. Repito: ninguém quer<br />

subsídios, mas que se pague um preço justo. Agora, se a operadora pode cobrar<br />

do cliente dela um, três ou cinco centavos, por que ela vai cobrar 42 centavos de<br />

um cliente de outra operadora? É uma discriminação, a nosso ver, injustificável.<br />

Falamos de algumas medi<strong>da</strong>s <strong>para</strong> a abertura <strong>da</strong>s redes e a regulação do processo de<br />

interconexão. Quais elementos faltam ao Brasil <strong>para</strong> ter uma política avança<strong>da</strong> nesse<br />

setor? Há uma ausência de regulamentação ou é uma questão <strong>da</strong> efetivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s ações<br />

do órgão regulador? Precisamos de novas regras ou só de uma ação mais eficaz do<br />

órgão regulador?<br />

Eu acho que com o novo regulamento (EILD) que prevê a criação de uma en-<br />

ti<strong>da</strong>de supervisora desse mercado de atacado, nós temos to<strong>da</strong>s as condições<br />

<strong>para</strong> criar um mercado de atacado muito dinâmico, seguro e transparente. Nós<br />

já fizemos estudos sobre o custo <strong>da</strong> implantação e vemos que é uma equação<br />

extremamente favorável. Com esse mercado funcionando bem, o que nós va-<br />

mos conseguir? Primeiro, segurança e transparência na contratação. Todos os<br />

agentes saberão as condições de contratação, preços, prazos, de forma que todo<br />

mundo ganha. Ganha quem vende e também quem compra. Quando o mercado<br />

funciona eficientemente, ele corrige imperfeições, corrige desvios que possam<br />

estar ocorrendo e aí a Anatel, supervisionando a ação desse mercado, poderá<br />

atuar pontualmente aqui e ali. Nós entendemos que, com o funcionamento desse<br />

mercado, estaremos incentivando ain<strong>da</strong> mais o desenvolvimento de operadores<br />

que fornecem redes, operadores de rede, o carrier’s carrier, que é um modelo<br />

que existe no mundo inteiro e está crescendo bastante no Brasil. Empresas cuja<br />

razão de ser é prestar serviços a outras empresas, não ao cliente final. Elas são<br />

provedoras de redes. Temos vários casos de associa<strong>da</strong>s <strong>da</strong> TelComp que se dedi-<br />

cam exclusivamente a isso e são capazes de criar artigos de grande valor. Com

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