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Caminhos para a universalização da inTerneT banda larga

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344 enTrevisTas<br />

plamente agora, e não na véspera do vencimento do contrato [de concessão]. As<br />

empresas têm dois interesses aí: primeiro, <strong>da</strong>r segurança jurídica aos detento-<br />

res <strong>da</strong>s redes sob concessão. Essas operadoras precisam saber até quando vão<br />

gozar <strong>da</strong> assinatura básica, quais são os bens que são reversíveis ou não, qual<br />

é o valor, que condições devem ser cumpri<strong>da</strong>s etc. Isso tudo precisa estar claro<br />

<strong>para</strong> que elas posicionem seus negócios <strong>da</strong>qui <strong>para</strong> frente. Por outro lado, <strong>da</strong>do<br />

o tamanho dessas empresas e a concentração de rede que existe nas mãos de-<br />

las, todo o resto do mercado é afetado pelo que acontece com elas. Se amanhã<br />

elas recebem essas redes em troca de algumas obrigações e investimentos, e<br />

não são mais redes públicas em regime concedido, mas passam a ser redes pri-<br />

va<strong>da</strong>s, o cenário mu<strong>da</strong> muito. Haverá uma concentração de mercado bastante<br />

substancial. Caso se opte por buscar um modelo alternativo, mais orientado<br />

<strong>para</strong> uma se<strong>para</strong>ção estrutural de redes, em que uma parte fique com uma<br />

enti<strong>da</strong>de e outra parte <strong>da</strong> rede fique com outra, talvez se crie um caminho<br />

<strong>para</strong> compatibilizar as obrigações à situação jurídica atual com atração de in-<br />

vestimentos, tanto nas redes puras como na prestação de serviço. Então, esse<br />

modelo de se<strong>para</strong>ção de redes poderia ser indutor de novos investimentos ou<br />

de atração de novos investidores <strong>para</strong> o setor, e um elemento de racionalização<br />

<strong>da</strong> expansão <strong>da</strong>s redes nacionais, preservando a competição.<br />

Quando a gente olha <strong>para</strong> os 15 anos de regime público no STFC, que lições ficam?<br />

Quais são os acertos e os erros do regime público no formato atual?<br />

Nossa tendência é considerar que a concepção do modelo era adequa<strong>da</strong> às circunstâncias.<br />

Havia risco quando se fez a privatização, num ambiente econômico<br />

completamente diferente de hoje, com as limitações que o país tinha <strong>para</strong><br />

atrair investimentos estratégicos, <strong>para</strong> suprir a deficiência de investimentos.<br />

Eu só posso dizer que o modelo naquele instante era bastante bem pensado e foi<br />

muito bem-sucedido. Um resultado prático é que tivemos investimentos fortes<br />

nos primeiros anos, mesmo sem ter competição, mesmo sem ter redução de<br />

tarifa, mas houve um aumento de oferta. Se esse modelo tivesse sido ajustado<br />

lá atrás, nós talvez estivéssemos em outro ambiente, com menos concentração.<br />

Com a alteração do PGO (Plano Geral de Outorgas), que permitiu a fusão de<br />

duas empresas que cobrem mais de 95% do território nacional, a concentração<br />

se tornou uma preocupação séria, gravíssima. Algumas correções de rota<br />

também poderiam ter sido feitas <strong>para</strong> facilitar a própria implantação do resto<br />

do modelo que tinha sido pensado. Você destacou os elementos do regime público,<br />

mas ele não foi pensado nem isolado. A ideia era ter de um lado o serviço<br />

público e do outro lado o serviço privado que vai se desenvolver pari passu, de

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