31.05.2013 Views

Caminhos para a universalização da inTerneT banda larga

Caminhos para a universalização da inTerneT banda larga

Caminhos para a universalização da inTerneT banda larga

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

entrevista com<br />

rob Faris<br />

berkman Center for internet and society<br />

por João Brant 1<br />

rob Faris é diretor de pesquisa do berkman Center for internet and society <strong>da</strong> universi<strong>da</strong>de<br />

harvard (eua). Tem mestrado e doutorado em relações internacionais pela<br />

Fletcher school of law and diplomacy <strong>da</strong> Tufts university e graduação em antropologia<br />

pela university of pennsylvania. Fez parte <strong>da</strong> equipe de pesquisa do berkman Center<br />

sobre acesso à ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong>, coordena<strong>da</strong> por Yochai benkler. entre os temas de suas<br />

pesquisas recentes estão regulação de conteúdo na internet, censura estatal e práticas<br />

de vigilância, políticas de ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong> e infraestrutura e a interação entre novas mídias,<br />

expressão on-line, regulação governamental <strong>da</strong> internet e processos políticos.<br />

Um estudo do Berkman Center aponta <strong>para</strong> a importância <strong>da</strong>s políticas de acesso aber-<br />

to às redes (‘open-access policies’) <strong>para</strong> garantir acesso universal à ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong>. A que<br />

políticas o senhor se refere como ‘de acesso aberto às redes’? Como elas funcionam<br />

<strong>para</strong> garantir o interesse público?<br />

Vou começar dizendo que a FCC (a Comissão Federal de Comunicações dos<br />

Estados Unidos) nos pediu <strong>para</strong> fazer este estudo porque estava muito interessa<strong>da</strong><br />

em compreender as experiências internacionais como subsídio <strong>para</strong><br />

o desenvolvimento do plano de ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong> dos EUA, em 2010. A intenção do<br />

estudo era entender os fatores que levaram a relativos sucessos e diferentes<br />

performances no que chamamos de ‘primeira geração’ <strong>da</strong> implantação de ban<strong>da</strong><br />

<strong>larga</strong> no mundo. Nós entramos no trabalho com a mente bem aberta, mas<br />

não trabalhávamos com a ideia de ‘acesso aberto’ especificamente. A razão<br />

<strong>para</strong> tal é que a quase totali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s pesquisas com as quais tivemos contato<br />

nos Estados Unidos dizia que o acesso aberto é uma política ruim. Portanto,<br />

ficamos um pouco surpresos ao descobrir que em quase todos os outros países<br />

<strong>da</strong> OCDE [Organização <strong>para</strong> a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que<br />

inclui a maioria dos chamados ‘países desenvolvidos’], as políticas de acesso<br />

aberto foram encampa<strong>da</strong>s e muito bem-sucedi<strong>da</strong>s. Podemos dizer que existem<br />

1 Entrevista realiza<strong>da</strong> por ligação telefônica no dia 6 de junho de 2012.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!