31.05.2013 Views

Caminhos para a universalização da inTerneT banda larga

Caminhos para a universalização da inTerneT banda larga

Caminhos para a universalização da inTerneT banda larga

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

84 eXperiênCias inTernaCionais<br />

Como síntese, podemos elencar algumas <strong>da</strong>s principais medi<strong>da</strong>s adota<strong>da</strong>s por<br />

diversos países neste cenário:<br />

a) O estabelecimento de obrigações <strong>para</strong> os operadores de modo a garantir que<br />

novos entrantes no mercado possam ter condições razoáveis e não discri-<br />

minatórias <strong>para</strong> atender aos ci<strong>da</strong>dãos;<br />

b) A fiscalização do cumprimento <strong>da</strong>s obrigações e dos parâmetros mínimos<br />

de quali<strong>da</strong>de ou definidos em lei ou nos contratos <strong>para</strong> oferta do serviço;<br />

c) A definição dos modelos de ocupação do espectro radioelétrico <strong>para</strong> os ser-<br />

viços baseados em redes móveis, com a alocação de faixas de frequência<br />

<strong>para</strong> as tecnologias de transmissão de <strong>da</strong>dos (3G, 4G) e a definição de obri-<br />

gações no caso <strong>da</strong> cobertura;<br />

d) A implantação de subsídios aos operadores, como isenções fiscais, <strong>para</strong> ba-<br />

ratear elementos <strong>da</strong> infraestrutura ou parte do serviço com vistas ao bara-<br />

teamento do custo ao ci<strong>da</strong>dão;<br />

e) A concessão de subsídios aos ci<strong>da</strong>dãos mais pobres de modo a permitir a<br />

contratação dos serviços que normalmente são inacessíveis a eles;<br />

f) O investimento na construção de redes próprias, não próprias ou em parce-<br />

ria com a iniciativa priva<strong>da</strong>. 7<br />

Os governos nacionais vêm buscando atuar desde a base de oferta do<br />

serviço (as redes), até o acesso propriamente dito na contratação do serviço.<br />

Em vários deles (como será visto na próxima seção), essas iniciativas estão<br />

associa<strong>da</strong>s a metas de <strong>universalização</strong> do acesso à Internet a veloci<strong>da</strong>des mí-<br />

nimas considera<strong>da</strong>s como condição <strong>para</strong> a plena fruição dessa tecnologia e<br />

do que ela possibilita. A partir <strong>da</strong> compreensão <strong>da</strong> ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong> como serviço<br />

essencial, caberia ao Estado fazer com que ele esteja disponível a todos os<br />

ci<strong>da</strong>dãos.<br />

Aparecem aí duas perspectivas distintas. A primeira, mais presente nas<br />

experiências europeias e asiáticas, tem a <strong>universalização</strong> em condições iguais<br />

como princípio. Isso significa afirmar que todos, independentemente <strong>da</strong> condição<br />

socioeconômica, devem ter assegurado o acesso a uma Internet em determina<strong>da</strong>s<br />

condições e a uma veloci<strong>da</strong>de mínima. Ela se assemelha à compreensão<br />

<strong>da</strong>s políticas de Estado de bem-estar social e de efetivação dos direitos ao<br />

conjunto <strong>da</strong> população, mesmo que a afirmação como direito desse serviço<br />

específico tenha acontecido em alguns dos casos apenas.<br />

7 Exemplos de to<strong>da</strong>s essas medi<strong>da</strong>s serão apresentados na descrição <strong>da</strong>s políticas adota<strong>da</strong>s pelos<br />

países analisados na próxima seção do texto.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!