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Caminhos para a universalização da inTerneT banda larga

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276 eXperiênCia brasileira em perspeCTiva Com<strong>para</strong><strong>da</strong><br />

social do acesso à Internet como um direito do ci<strong>da</strong>dão. Ca<strong>da</strong> um destes eixos<br />

elencados deve ser compreendido como parte indissociável de um conjunto<br />

de diretrizes simultâneas que precisam ser observa<strong>da</strong>s <strong>para</strong> potencializar a<br />

democratização <strong>da</strong> ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong>.<br />

Nos países com melhor desempenho, o Estado tem sido peça central neste<br />

jogo, principalmente através do investimento direto, conciliado a um sistema<br />

regulatório eficiente. Mecanismos de transparência, participação e accountability<br />

complementam este quadro, uma vez que o serviço de ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong> não<br />

se configura apenas como um negócio lucrativo <strong>para</strong> a livre ação de empresas,<br />

mas repercute diretamente nos campos dos direitos do ci<strong>da</strong>dão, <strong>da</strong> inclusão<br />

social e do desenvolvimento socioeconômico. Do ponto de vista técnico, a ênfase<br />

no investimento em infraestrutura física de alta capaci<strong>da</strong>de é uma premissa<br />

estratégica <strong>para</strong> o futuro <strong>da</strong> ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong> que ain<strong>da</strong> não encontrou um<br />

substituto à altura.<br />

Com<strong>para</strong>do aos projetos estrangeiros mais avançados, o caso brasileiro<br />

ain<strong>da</strong> enfrenta dificul<strong>da</strong>des que, de algum modo, não são novas: têm origem na<br />

própria trajetória e características do campo <strong>da</strong>s comunicações do país, marcados<br />

por políticas governamentais formula<strong>da</strong>s sem um sólido planejamento<br />

enquanto política de Estado e por um ambiente regulatório pouco coeso, diferentemente<br />

do que ocorre em países com tradição mais consoli<strong>da</strong><strong>da</strong>. No que<br />

se refere à ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong>, o programa brasileiro <strong>para</strong> as próximas déca<strong>da</strong>s traz<br />

avanços pontuais, mas ain<strong>da</strong> não provou sua efetivi<strong>da</strong>de como um projeto robusto<br />

de longo prazo, capaz de propiciar uma efetiva <strong>universalização</strong> do serviço<br />

com os níveis de quali<strong>da</strong>de requeridos. Há deficiências estratégicas, problemas<br />

estruturais precedentes e enormes desafios que não são intransponíveis:<br />

podem ser superados se houver um realinhamento adequado e um tratamento<br />

devido com soluções que abarquem as diversas frentes e que tratem esta nova<br />

fronteira sob a luz do interesse público.<br />

referências<br />

berKman. Center for internet and society, harvard university. Next Generation Connectivity:<br />

a review of broadband internet transitions and policy from around the world – Final report. Cambridge:<br />

harvard university, 2010.<br />

blaCKman, Colin; srivasTava, lara (orgs.). Telecommunications Regulation Handbook:<br />

Tenth anniversary edition. Washington dC: banco mundial, infodev e uiT, 2011.

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