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Caminhos para a universalização da inTerneT banda larga

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286 enTrevisTas<br />

culam no centro de negócios e no centro empresarial, ela pode ter, desde que<br />

dê acesso à área rural. O projeto Piraí Digital é um exemplo de como é possível<br />

trazer essas questões <strong>para</strong> a área rural através deste tipo de negociação. E na<br />

ver<strong>da</strong>de quando hoje falamos no Programa Nacional de Ban<strong>da</strong> Larga, pensa-<br />

mos no acesso a 35 reais, que em algumas regiões já é um grande avanço. Na<br />

região norte, onde o custo era em média entre 200 e 300 reais, um indivíduo<br />

na região hoje pode conseguir uma conexão por 35 reais. Mas e quem não consegue<br />

pagar, de que forma vai ter acesso à ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong>? Esta resposta não está<br />

nas metas do Programa Nacional de Ban<strong>da</strong> Larga. Nós temos de nos colocar<br />

a postos neste mundo novo descortinado pelas novas tecnologias. Então, falar<br />

hoje em ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong> de um mega é <strong>para</strong> nós algo muito limitado. Até pode-se<br />

argumentar que só há o uso de e-mail e não é preciso mais do que isso. Mas é<br />

preciso lembrar que nos locais de acesso público, por exemplo, pode existir a<br />

necessi<strong>da</strong>de de se trabalhar com áudio e vídeo, e a ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong> que está chegando<br />

agora com antenas, por exemplo, está em torno de 512 kbps.<br />

E você acha que isso pode ser considerado ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong>? Existe uma veloci<strong>da</strong>de...<br />

Isso não é ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong>. Ter como meta um mega é realmente um rebaixamento<br />

de postura, inclusive nas negociações necessárias ao Programa Nacional de<br />

Ban<strong>da</strong> Larga. Quem hoje compra ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong> pode ter 10, 20 e até 100 Mbps, e<br />

está se oferecendo <strong>para</strong> quem compra no máximo um mega o valor de 35 reais.<br />

Então, a isso chamamos de ban<strong>da</strong> ler<strong>da</strong>, e não ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong>, certo?<br />

É bem diferente do que está sendo feito em vários países do mundo.<br />

Pois é, exatamente. Se você começar hoje a oferecer ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong> de 512 Kbps<br />

<strong>para</strong> um telecentro de um município qualquer, a duração deste investimento<br />

será muito curta. Será necessário reforçar a infraestrutura dentro de quatro<br />

a cinco meses, o que não vai ter uma boa receptivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de. Você<br />

pode até dizer que você tem um período em que a comuni<strong>da</strong>de experimenta,<br />

mas quando começarem a achar que não deu <strong>para</strong> baixar o filme, nem <strong>para</strong><br />

subir a gravação <strong>da</strong> música <strong>da</strong> ban<strong>da</strong>, vai acabar gerando mais insatisfação.<br />

Em relação ao PNBL, vocês têm discutido a questão <strong>da</strong> infraestrutura? Vocês têm<br />

avaliado a infraestrutura atual e se ela permitiria um plano mais ousado?<br />

A dificul<strong>da</strong>de do Programa Nacional de Ban<strong>da</strong> Larga reside no quanto o governo<br />

está disposto a investir <strong>para</strong> adotar uma infraestrutura <strong>para</strong> resgatar<br />

os chamados bens reversíveis <strong>para</strong> o patrimônio público já instalado. Países<br />

como a Coreia, por exemplo, gastaram muito, porque sabiam que o retorno

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