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Tomo II - EDP

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Estudo de Impacte Ambiental do Aproveitamento Hidroeléctrico (AH) do<br />

Alvito<br />

Relatório Síntese<br />

Identificação e Avaliação de Impactes<br />

Fase de exploração<br />

Durante a fase de exploração do AH do Alvito são gerados distintos impactes a nível da<br />

qualidade do ar e emissão de GEE, nomeadamente, no que se refere à presença da<br />

albufeira e aos seus processos naturais, geradores de emissões poluentes com incidência<br />

local, ao funcionamento da subestação e, com maior significado, no que se refere aos<br />

efeitos indirectos nacionais da produção de energia pela central hidroeléctrica, uma fonte<br />

renovável limpa, cujo funcionamento permitirá evitar a produção de equivalente energia a<br />

partir de uma fonte não renovável, de origem termoeléctrica, responsável pela emissão de<br />

poluentes atmosféricos e GEE, bem como criará condições para uma maior penetração da<br />

energia eólica, também esta isenta de emissões.<br />

Emissões da albufeira<br />

A criação da nova albufeira do rio Ocreza irá resultar da ocupação de uma área<br />

essencialmente dominada por ocupação florestal e vegetal, a qual será parcialmente<br />

submersa durante o enchimento da albufeira. Refira-se, contudo, que previamente ao<br />

enchimento, toda a área a inundar será desmatada e desarborizada com o objectivo de<br />

evitar fenómenos de eutrofização e consequente deterioração da qualidade da água<br />

aquando da exploração da albufeira. No entanto pode admitir-se que na área ocupada<br />

pela albufeira permanecerá matéria orgânica residual do processo de desmatação.<br />

Da mesma forma se prevê a degradação da componente orgânica das escorrências<br />

provenientes dos solos drenados e dos sedimentos que se venham a depositar ao longo<br />

da vida da albufeira (de origem alóctone), assim como daqueles provenientes da biomassa<br />

produzida na albufeira e de processos decorrentes da coluna de água (Fonseca, 2002).<br />

Uma vez submersos, estes materiais orgânicos tenderão a degradar-se por acção de<br />

bactérias anaerobióticas presentes na massa de água, produzindo-se como resultado<br />

GEE, nomeadamente, dióxido de carbono (CO 2 ) e metano (CH 4 ), os quais são libertados<br />

através de processos de difusão à superfície da albufeira, nas turbinas e descarregadores<br />

e a jusante da barragem.<br />

O metano é produzido por degradação de matéria orgânica sedimentada fundo da<br />

albufeira. À medida que este gás ascende na direcção da superfície do plano de água, a<br />

maior parte do seu volume é oxidizado em dióxido de carbono, pelo que a sua emissão<br />

efectiva é reduzida. No entanto, quando água rica em metano é libertada na barragem<br />

(nas turbinas e descarregadores), ocorre uma emissão directa da quase totalidade do<br />

metano dissolvido na água (International Rivers Network, 2007). Estima-se que cerca de<br />

95% das emissões de metano de uma barragem ocorram nas turbinas, descarregadores e<br />

no seu troço de jusante. Já o dióxido de carbo o é maioritariamente emitido na albufeira.<br />

Verifica-se ainda que quanto mais largas e profundas as albufeiras, maiores as emissões<br />

geradas de GEE.<br />

No esquema seguinte apresenta-se uma síntese dos fenómenos de libertação de GEE<br />

numa barragem acima descritos:<br />

Imp – 5007_R2 Página 101

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