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Estudo de Impacte Ambiental do Aproveitamento Hidroeléctrico (AH) do<br />
Alvito<br />
Relatório Síntese<br />
Medidas de minimização, potenciação e compensação de impactes<br />
sobreiro e azinheira. A selecção dos locais deve ter em consideração que, de acordo com<br />
a legislação em vigor, esta medida deve ser efectuada em prédios rústicos pertencentes à<br />
entidade proponente, com condições edafo-climáticas adequadas à espécie e abrangendo<br />
uma área nunca inferior à afectada pelo corte multiplicada de um factor de 1,25.<br />
6.2.2.2 Fauna Terrestre (Medidas PE.FT)<br />
PE.FT01 – Durante a fase de projecto de execução deverá ser efectuada uma prospecção<br />
mais exaustiva de potenciais abrigos de morcegos, dentro da área que ficará submersa<br />
pela albufeira, de forma a salvaguardar que o enchimento da albufeira não implicará a<br />
afectação directa deste grupo faunístico.<br />
PE.FT02 – Durante a próxima época de nidificação, de forma a completar a informação<br />
recolhida no âmbito do presente EIA, deverá ser efectuada uma avaliação da actual<br />
utilização do ninho de cegonha-negra localizado perto da aldeia de Calvos. Pretende-se<br />
com essa avaliação validar a avaliação efectuada sobre o impacte que a construção da<br />
barragem e, consequente, enchimento da albufeira terá no sucesso reprodutor do casal<br />
em causa.<br />
6.2.2.3 Fauna aquática ou directamente relacionada com os sistemas aquáticos (Medidas PE.FA)<br />
PE.FA01 – Em fase de projecto de execução deverão ser efectuados estudos para a<br />
determinação do regime de caudais ecológicos a implementar no AH do Alvito. Deverão<br />
ser desenvolvidos os trabalhos de campo necessários para a definição do caudal<br />
ecológico a partir da Metodologia Incremental (IFIM – Instream Flow Incremental<br />
Methodology) e da metodologia de Perímetro Molhado.<br />
PE.FA02 – As amostragens para avaliação do estado/potencial ecológico do rio Ocreza<br />
realizadas no âmbito do presente EIA foram efectuadas sob as directrizes da Directiva<br />
Quadro Água (DQA). As amostragens decorreram todas no período considerado ideal<br />
para a sua execução (Primavera), tendo sido utilizadas as metodologias definidas pelos<br />
protocolos metodológicos do INAG, I.P. A informação a recolher durante a 2ª campanha<br />
permitirá validar os resultados obtidos em termos do estado ecológico do rio Ocreza e<br />
principais afluentes que serão afectados pelo projecto e contribuirá para a criação de<br />
informação de base fundamental aos futuros trabalhos de monitorização (fase de<br />
construção e exploração).<br />
6.2.3 Património (Medidas PE.PA)<br />
PE.PA01 – Reprospecção sistemática da área de enchimento da albufeira<br />
Devido ao coberto vegetal, parte da área da futura albufeira não foi observada como rigor<br />
necessário, pelo que é necessário proceder a uma reprospecção da área para que se<br />
possa realizar a observação rigorosa dos locais, com especial atenção em zonas<br />
indicadas como de implantação de ocorrências patrimoniais identificadas na fase de<br />
pesquisa documental e não relocalizadas na fase de trabalho de campo neste EIA.<br />
Preconiza-se a realização de uma reprospecção sistemática da área de enchimento da<br />
albufeira, devendo ser dada especial atenção às zonas de encosta e cumeadas não<br />
surribadas. Deverá ser efectuada uma reprospecção do leito do rio Ocreza, na área a<br />
inundar pela albufeira, em período de caudal mínimo de forma a poderem ser observados<br />
painéis potencialmente possuidores de arte rupestre, que nesta fase se encontravam<br />
submersos. Também nesse momento deverá ser efectuada a relocalização da ocorrência<br />
49. Deverá se igualmente efectuada a relocalização de um painel gravado com círculos,<br />
observado na década de 80 por Mário Varela Gomes, cuja localização exacta não foi<br />
possível precisar, mas que se situa na ínsula imediatamente a jusante da Ponte dos<br />
Bugios, o qual, nesta fase, não foi relocalizado.<br />
Imp – 5007_R2 Página 150