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Estudo de Impacte Ambiental do Aproveitamento Hidroeléctrico (AH) do<br />
Alvito<br />
Relatório Síntese<br />
Identificação e Avaliação de Impactes<br />
NPA (227), pois como referido anteriormente, nenhuma das duas alternativas afectará<br />
pontos de interesse, em termos de geomonumentos.<br />
5.5.3 Recursos hídricos<br />
Em matéria de recursos hídricos superficiais não se prevêem impactes diferenciadores<br />
entre os dois NPAs em avaliação durante a fase de construção. No que se refere à fase de<br />
exploração, considera-se que a criação de uma albufeira com uma maior área superficial<br />
resultante do NPA (227) será responsável por uma intensificação dos fenómenos de<br />
eutrofização descritos, pelo que se considera a opção pelo NPA (221) como preferencial.<br />
No que se refere aos impactes sobre os recursos hídricos subterrâneos e sobre os usos<br />
da água, não se considera existir diferenças relevantes para a avaliação comparativa das<br />
duas soluções de NPA em avaliação.<br />
5.5.4 Sedimentologia<br />
No âmbito dos estudos sedimentológicos desenvolvidos, não se obtiveram elementos<br />
passíveis de distinguir as duas soluções alternativas em avaliação.<br />
5.5.5 Ecologia<br />
Em termos ecológicos, considera-se que as diferenças existentes entre as duas<br />
alternativas em avaliação ao nível da área de implantação da barragem e das restantes<br />
infra-estruturas definitivas previstas não são significativas. O mesmo se aplica às<br />
intervenções de carácter temporário que decorrerão da fase de construção,<br />
nomeadamente ao nível da destruição de biótopos e da perturbação causada pela<br />
movimentação de veículos, maquinaria e pessoas afectas à obra.<br />
As principais diferenças prendem-se, assim, com o enchimento da albufeira, precedido de<br />
uma fase de desmatação/desflorestação, e com a consequente perda de uma extensa<br />
área de biótopo actualmente disponível para a fauna local. Estima-se que a perda de<br />
biótopo associada ao NPA (221) e ao NPA (227) seja de cerca de 1740,8ha e 2087,8ha,<br />
respectivamente, o que significa que no segundo caso a área que será afectada é,<br />
aproximadamente, 16,6% maior do que na opção de NPA mais baixo (Quadro 37).<br />
Em termos do número de hectares afectado, os biótopos que sofrem um maior acréscimo<br />
do NPA (221) para o NPA (227) são, tal como expectável, os mais abundantes na área de<br />
estudo, nomeadamente áreas de Matos e de Produção florestal. Comparativamente a<br />
outros, estes biótopos apresentam um valor ecológico mais reduzido na área de estudo<br />
(IVB de inferior a 4), no primeiro caso por se tratarem maioritariamente a áreas de esteval<br />
(Cistus ladanifer), provavelmente empobrecidas por fogos recorrentes. As zonas de<br />
produção florestal são consideradas áreas semi-naturais (por resultarem da acção<br />
humana), pouco diversificadas floristicamente e que se encontram em expansão na área<br />
de estudo. São, contudo, áreas em que podem ocorrer espécies faunísticas importantes,<br />
como morcegos e aves de rapina relevantes para a conservação.<br />
Considerando a representatividade de cada biótopo na área de estudo, as áreas de<br />
floresta mista serão aquelas que sairão mais prejudicadas, caso se opte pela alternativa<br />
NPA (227), uma vez que a proporção deste biótopo que será afectada sofrerá um<br />
incremento de 6,7% (Quadro 37). Seguem-se os biótopos Olival, com um aumento de<br />
5,5% da área afectada, e o biótopo Vegetação ripícola, como um aumento de 5,4%. Estes<br />
3 biótopos são considerados de médio a elevado valor ecológico, contribuindo de forma<br />
fulcral para a riqueza florística e faunística da área de estudo.<br />
Imp – 5007_R2 Página 132