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Tomo II - EDP

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Estudo de Impacte Ambiental do Aproveitamento Hidroeléctrico (AH) do<br />

Alvito<br />

Relatório Síntese<br />

Identificação e Avaliação de Impactes<br />

qualidade da água da albufeira e, indirectamente, do troço do rio Ocreza a jusante da<br />

barragem.<br />

O eventual enriquecimento da massa de água em nutrientes, nomeadamente fósforo e azoto,<br />

designado por eutrofização, poderá assim iniciar-se na fase de construção, mas tenderá a<br />

manter-se durante a fase de exploração (como descrito no ponto seguinte). A eutrofização<br />

conduz também a um desequilíbrio ecológico responsável pela redução da biodiversidade<br />

aquática e morte de espécies de peixes. Por outro lado, os nutrientes estimulam o<br />

crescimento de algas, bactérias e fungos.<br />

Atendendo ao acima descrito, os impactes na qualidade da água suscitados pela deposição<br />

de matéria orgânica nas linhas e massa de água são considerados negativos, indirectos,<br />

permanentes, minimizáveis, de média magnitude e significativos. Salienta-se que o<br />

significado destes impactes pode ser reduzido com um adequado armazenamento e<br />

contenção dos materiais provenientes de actividades de desmatação e desarborização e com<br />

uma eficaz desmatação das zonas a inundar pela albufeira. As medidas serão abordadas<br />

com maior pormenor no Capítulo 6.<br />

Fase de exploração<br />

Quantidade<br />

Como já referido, a construção do AHA, para além de criar uma nova albufeira a montante da<br />

respectiva barragem, será ainda responsável pela criação de um troço do rio Ocreza, a<br />

jusante da barragem, que passa a constituir uma massa de água fortemente modificada, uma<br />

vez que se altera o respectivo regime hidrológico. Atendendo aos dados obtidos no Estudo<br />

Hidrológico do Anteprojecto do Alvito (<strong>EDP</strong>, 2009), considera-se que esse troço corresponde<br />

ao percurso do rio Ocreza entre a futura barragem do AH do Alvito e a zona de restituição do<br />

respectivo circuito hidráulico, numa extensão de cerca de 6 km.<br />

Para a determinação da extensão do referido troço fortemente modificado, procedeu-se à<br />

análise da alteração do regime de escoamento nos seguintes três troços:<br />

<br />

<br />

<br />

Troço A – entre a barragem e a confluência da ribeira do Alvito com o rio Ocreza;<br />

Troço B – entre esta confluência e a restituição do circuito hidráulico do AH do Alvito;<br />

Troço C – a jusante da referida restituição e até à albufeira da Pracana.<br />

Com a exploração do AHA, o primeiro troço (de cerca de 0,5 km) terá afluências provenientes<br />

apenas do caudal ecológico assegurado pela barragem e eventualmente de algum caudal<br />

libertado pelo descarregador de cheias (este último com uma ocorrência muito reduzida). A<br />

este respeito, refira-se que o caudal ecológico será apenas determinado em fase de projecto<br />

de execução, após a conclusão e análise dos estudos de base de hidráulica fluvial e<br />

hidromorfologia, e atendendo à perspectivada realização de uma campanha de avaliação da<br />

qualidade ecológica dos recursos hídricos superficiais. Contudo, o Anteprojecto previu já o<br />

lançamento de volumes considerados conservativos, fixados de forma empírica em cerca de<br />

5% das afluências ao local de barragem, que se admite excederem as necessidades em<br />

causa, dado o caudal da albufeira, da ribeira do Alvito, da ribeira de Fróia e do Vale do<br />

Cobrão.<br />

O caudal do primeiro troço contribui para as afluências do segundo troço, para o qual<br />

contribuem ainda as afluências da ribeira do Alvito, do rio Cobrão e da ribeira da Fróia (todas<br />

elas linhas de água afluentes do rio Ocreza). De acordo com os valores estimados no Estudo<br />

Hidrológico, as afluências neste 2º troço representam em média 21% das que ocorreriam em<br />

regime natural.<br />

O terceiro troço constitui já uma massa de água fortemente modificada porque se encontra<br />

sob a influência da albufeira da Pracana. De acordo com o regime de funcionamento do AHA,<br />

Imp – 5007_R2 Página 21

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