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Tomo II - EDP

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Estudo de Impacte Ambiental do Aproveitamento Hidroeléctrico (AH) do<br />

Alvito<br />

Relatório Síntese<br />

Identificação e Avaliação de Impactes<br />

determinados períodos do ano o troço do curso de água a jusante pode ter um escoamento<br />

reduzido e noutros períodos o caudal pode aumentar.<br />

Por outro lado, a construção do AHA altera o regime natural do rio que apresenta um fluxo<br />

unidireccional temporário ou permanente de água e de materiais orgânicos ou inorgânicos,<br />

suspensos ou dissolvidos – água lótica. A albufeira criada pela construção de uma barragem<br />

corresponde a uma água lêntica, em que não existem movimentos unidireccionais<br />

significativos.<br />

Segundo os critérios definidos na Directiva-Quadro da Água (DQA), a nova albufeira criada<br />

com a concretização do AH irá constituir uma massa de água fortemente modificada,<br />

integrada na categoria de “lagos”. Efectivamente, segundo esta Directiva, uma massa de<br />

água é classificada como fortemente modificada quando as suas características foram<br />

consideravelmente modificadas por alterações físicas resultantes da actividade humana,<br />

tendo a massa de água adquirido um carácter substancialmente diferente, situação que se<br />

verifica no caso da futura albufeira do Ocreza, onde se irão alterar profundamente as<br />

características hidrológicas e morfológicas existentes (correspondentes a um rio).<br />

Para além da criação da albufeira a montante da barragem, o projecto do AH irá ser ainda<br />

responsável pela alteração das características de escoamento de um troço situado a jusante<br />

da barragem, o qual é designado igualmente por troço fortemente modificado. Este troço<br />

inicia-se no local de implantação da barragem e apresenta uma extensão dependente de um<br />

conjunto de factores, entre os quais o regime de funcionamento da barragem e a presença da<br />

albufeira de Pracana a jusante.<br />

A DQA/LA (LA – Lei da Água) determina que é obrigação do Estado Português garantir que<br />

as actuais massas de água fortemente modificadas apresentem, num prazo máximo de 15<br />

anos (a partir de 2000), um bom potencial ecológico e um bom estado químico, devendo ser<br />

tomadas medidas tendentes à sua protecção e melhoria do seu estado, entrando em linha de<br />

conta com a aplicação das medidas de mitigação que se encontrarem definidas.<br />

Nos pontos seguintes são avaliados os impactes decorrentes da fase de construção e<br />

enchimento, sendo que a criação de massas fortemente modificadas ocorre desde o<br />

momento em que se inicia a construção da barragem, com represamento artificial do rio.<br />

Na fase de exploração, analisam-se mais detalhadamente os impactes a nível da qualidade<br />

da água gerados durante a vida da albufeira e as alterações quantitativas ocorridas no troço a<br />

jusante da barragem.<br />

Fase de construção e enchimento<br />

Quantidade<br />

Durante a fase de construção e enchimento, ocorrem alterações hidrológicas temporárias nos<br />

recursos hídricos superficiais em resultado das actividades da obra, nomeadamente, criação<br />

de estaleiros e áreas de apoio à obra, circulação de máquinas e veículos pesados,<br />

movimentações de terras, incluindo transporte até escombreiras, desarborização e<br />

desmatação de áreas e intervenções com recurso a explosivos.<br />

Numa primeira fase, com a criação de zonas impermeabilizadas para construção de áreas de<br />

estaleiro e apoio à obra, ocorre uma alteração ao nível do balanço hídrico do solo entre a<br />

infiltração e o escoamento superficial, ocorrendo um aumento deste e uma subsequente<br />

diminuição da infiltração. De acordo com os elementos obtidos no Anteprojecto, prevê-se uma<br />

ocupação temporária de áreas afectas à obra de cerca de 91,8 ha, uma parte das quais será<br />

impermeabilizada.<br />

Por outro lado, a realização de movimentações de terras para preparação das referidas áreas<br />

e para instalação de fundações das estruturas do AH será previsivelmente responsável pela<br />

emissão de poeiras, as quais poderão vir a depositar-se nas linhas de água mais próximas<br />

Imp – 5007_R2 Página 18

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