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Tomo II - EDP

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Estudo de Impacte Ambiental do Aproveitamento Hidroeléctrico (AH) do<br />

Alvito<br />

Relatório Síntese<br />

Identificação e Avaliação de Impactes<br />

sobretudo ligados à pesca e à prática balnear, onde se destaca a existência de duas praias<br />

fluviais - Taberna Seca e Azenha dos Gaviões.<br />

O abastecimento público de água nos concelhos de Vila Velha de Ródão e Castelo Branco<br />

utiliza captações de água superficial nas albufeiras de Santa Águeda / Marateca e Pisco,<br />

localizadas, no rio Ocreza e ribeira de S. Vicente (afluente do Ocreza), respectivamente.<br />

Dada a localização a montante das albufeiras de Santa Águeda / Marateca e Pisco, distantes<br />

do AHA (NPA (227)) cerca de 17km e 25km, respectivamente (medidos ao longo do leito do<br />

Ocreza), não se prevê a alteração de qualidade da água nas referidas albufeiras em resultado<br />

da construção do AHA, pelo que se conclui não existirem impactes ao nível do abastecimento<br />

público de água nos concelhos de Vila Velha de Ródão e Castelo Branco.<br />

No que respeita ao uso privativo dos recursos hídricos superficiais, levantados em fase de<br />

situação de referência, não foram identificadas utilizações industriais na área de estudo,<br />

tendo sido apenas identificado um sistema de regadio tradicional (enterrado) na ribeira do<br />

Cobrão a jusante da barragem, pelo que a construção do AHA não irá provocar a afectação<br />

da qualidade e quantidade da água para estes fins.<br />

A construção do AHA irá inundar duas praias fluviais que actualmente possuem utilização<br />

balnear, nomeadamente a praia de Taberna Seca e praia da Azenha dos Gaviões,<br />

verificando-se a este nível um impacte negativo. Todavia, se se considerar que a constituição<br />

do AHA comporta em si uma utilização recreativa da albufeira, resultam impactes positivos ao<br />

nível da utilização recreativa e lúdica dos recursos hídricos, conforme anteriormente referido.<br />

Da mesma forma, a utilização dos recursos hídricos como meio de combate a incêndios irá<br />

resultar num impacte positivo significativo, após a constituição da albufeira do Alvito,<br />

atendendo ao volume da massa de água que se irá criar (volume armazenado de 425 hm 3<br />

para o NPA (221) e de 539 hm 3 para o NPA (227). Ainda que se verifique a afectação de<br />

vários pontos de água, conforme referido no capítulo de condicionantes, os pontos de água<br />

possuem menor volume de água, pelo que a constituição da albufeira do AHA constitui<br />

decerto um meio de combate a incêndio de maior relevância.<br />

Água subterrânea<br />

Sobre os usos da água subterrânea apenas há a referir a eventualidade de ocorrem impactes<br />

negativos na descarga natural do Olho de Água das Nascentes do Cobrão, utilizado para<br />

abastecimento da povoação de Foz do Cobrão, pela construção do circuito hidráulico, tal<br />

como referenciado pelo Estudo Hidrogeológico. Este impacte, a ocorrer na fase de construção<br />

prolongar-se-á para a fase de exploração, classificando-se como um impacte negativo, incerto,<br />

directo, permanente, de baixa magnitude, de escala local e reduzida significância.<br />

Segundo as conclusões do estudo hidrogeológico realizado para o AH do Alvito, a gestão dos<br />

sistemas hidrogeológicos descontínuos existentes deverá ter em conta que os recursos<br />

disponíveis, numa perspectiva de seca, se situarão na ordem de 0,9 l/s/km2. Este valor<br />

condicionará os caudais de exploração – particularmente nas captações para abastecimento<br />

público (TARH, 2009). O estudo realizado refere, no entanto, que os sistemas de<br />

monitorização existentes e o reconhecimento efectuado não revelam recursos de importância<br />

regional. Alguma importância local poderá ser atribuída a escassas captações para uso<br />

privado em agricultura ou abastecimento doméstico. Os impactes nessas captações terão de<br />

ser analisados, caso a caso, em fases posteriores do projecto (TARH, 2009). No entanto, em<br />

relação ao abastecimento, os eventuais impactes podem ser ultrapassados porque existe um<br />

Sistema Multimunicipal de Abastecimento explorado pela Águas do Centro que poderá ser<br />

utilizado em vez do recurso às captações próprias.<br />

Além do mais, o desenvolvimento de aluviões nas margens do rio Ocreza é reduzido, logo a<br />

explorações destes aluviões apresenta pouca expressão. Face ao exposto, os impactes da<br />

construção da albufeira do Alvito nas captações são negativos, incertos, directos, permanente,<br />

de baixa magnitude, de escala local e reduzida significância.<br />

Imp – 5007_R2 Página 40

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