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Tomo II - EDP

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Estudo de Impacte Ambiental do Aproveitamento Hidroeléctrico (AH) do<br />

Alvito<br />

Relatório Síntese<br />

Identificação e Avaliação de Impactes<br />

albufeira do projecto. Desta forma apresenta-se uma caracterização geral do estado das<br />

massas de água nestas albufeiras.<br />

As albufeiras de Santa Águeda / Marateca e do Pisco constituem importantes reservas de<br />

água para o abastecimento dos concelhos de Castelo Branco e Vila Velha de Ródão. A<br />

albufeira de Santa Águeda tem uma capacidade total de 37 200 000 m 3 , uma capacidade útil<br />

de 34 200 000 m 3 e o volume morto da barragem é de 3 000 000 m 3 , em que o volume médio<br />

de armazenamento entre 1990 e 1999 oscilou entre os 60 e os 70%. A Albufeira do Pisco é<br />

de menor dimensão, tem uma capacidade total de 1 400 000 m 3 , uma capacidade útil de 1<br />

300 000 m 3 e o volume morto da barragem é de 100 000 m 3 , com uma oscilação entre os 60<br />

e os 100% do volume médio de armazenamento entre 1993 e 1998.<br />

De acordo com o diagnóstico apresentado nos estudos de revisão do PDM de Castelo Branco<br />

(PLANRAIA, 2004), a qualidade da água da albufeira de Santa Águeda / Marateca apresenta<br />

uma elevada carga de nutrientes, apesar de em tempo de forte pluviosidade serem<br />

efectuadas descargas de fundo, e encontra-se num estado avançado de eutrofização. O pH<br />

apresenta variações diárias significativas e nos períodos de estratificação directa, o<br />

hipolímnio apresenta condições de anóxia, associados a “booms” frequentes de<br />

cianobactérias.<br />

As recomendações do INAG para a área de drenagem da albufeira de Santa Águeda/<br />

Marateca apontam para a necessidade de remodelação das ETAR existentes e controlo da<br />

poluição difusa, adoptando para tal boas práticas agrícolas. Refira-se que a Águas do Centro<br />

procedeu entretanto à construção de novas ETAR (designadamente de S. Vicente da Beira) e<br />

a melhoria da eficiência das existentes que drenam para estas duas albufeiras.<br />

Da mesma forma, a qualidade da água na albufeira do Pisco encontra-se num estado<br />

avançado de eutrofização, registando valores reduzidos de oxigénio dissolvido no hipolímnio,<br />

durante o período de estratificação directa, recomendando o INAG a reabilitação da descarga<br />

de fundo, de modo a possibilitar a diminuição da carga de nutrientes na albufeira, bem como<br />

a reabilitação da torre de captação, de forma a permitir um melhor controlo da qualidade da<br />

água bruta da ETA e um melhor controlo das fontes de poluição na área de drenagem desta<br />

albufeira (PLANRAIA, 2004).<br />

Não se encontram publicados os planos de ordenamento destas duas albufeiras, contudo<br />

estes encontram-se em elaboração (em fase de aprovação), estando incluídas propostas de<br />

ordenamento dos usos dos planos de água assim como o ordenamento dos usos da área de<br />

protecção, de forma a garantir a qualidade da água das albufeiras e a compatibilizar este<br />

objectivo com usos secundários.<br />

Análise prospectiva da qualidade da água da albufeira do Alvito<br />

O fenómeno de eutrofização é condicionado pelos valores de renovação da água na albufeira<br />

e minimizado quanto maior foi a renovação.<br />

Assim, de forma a perspectivar a qualidade da água no AH calcularam-se os valores anuais<br />

da renovação da massa de água associada ao AH para o volume total (Quadro 9) e útil em<br />

exploração normal (Quadro 10) da albufeira para os dois NPA em estudo. Os cálculos foram<br />

realizados para anos característicos de afluências elevadas, médias e baixas, nomeadamente<br />

em:<br />

<br />

<br />

<br />

2004/2005 – Ano característico de afluências baixas;<br />

1999/2000, 2001/2002 e 2005/2006 – Anos característicos de afluências médias;<br />

2000/2001 – Ano característico de afluências elevadas.<br />

Imp – 5007_R2 Página 30

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