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Tomo II - EDP

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Estudo de Impacte Ambiental do Aproveitamento Hidroeléctrico (AH) do<br />

Alvito<br />

Relatório Síntese<br />

Identificação e Avaliação de Impactes<br />

Comparando este valor com o obtido a partir da fórmula de Fournier, verifica-se que os<br />

mesmos são idênticos.<br />

Produção de Sedimentos<br />

Tendo em conta os coeficientes de produção de sedimentos (C PS ) estimados nos seguintes<br />

trabalhos:<br />

<br />

<br />

<br />

“Estudo Sedimentológico e do Assoreamento da Albufeira de Foz-Côa”, [Hidro-4<br />

(1995)], no qual, com base aplicação das equações de Roehl à bacia hidrográfica do<br />

rio Côa se obteve um valor máximo para C PS = 6,5%;<br />

Estudo apresentado na comunicação intitulada “Aportes de Sedimentos a los<br />

Embalses Españoles y su Relación com la Superficie de la Cuenca”, [Avendaño et al.<br />

(1996)], no qual, com base na medição do volume de sedimentos depositados em 37<br />

albufeiras espalhadas por grande parte do território espanhol (entre as quais,<br />

algumas na bacia do rio Douro e Tejo) e no estudo da erosão das respectivas bacias<br />

hidrográficas a partir da aplicação da EUPS, é apresentado um conjunto de curvas<br />

que relacionam o coeficiente de produção de sedimentos com a área da bacia<br />

hidrográfica. Tomando a curva que representa a situação média, verifica-se que C PS<br />

varia entre 4% e 20% para bacias com áreas de 2000 e 100 km 2 , respectivamente.<br />

“Estudo do Factor de Enriquecimento na Erosão Hídrica do Solo”, [Dantas (1997)], no<br />

qual, a partir dos dados da estação experimental de erosão de Vale Formoso,<br />

localizada na região montanhosa do Algarve, foi estimado um C PS =14%.<br />

fixou-se, com alguma segurança, um coeficiente de produção de sedimentos constante para<br />

toda a bacia do Ocreza igual a 15%. Aplicando este coeficiente ao valor da erosão específica<br />

determinado anteriormente, obtém-se uma estimativa da produção de sedimentos na bacia<br />

hidrográfica dominada pela barragem do Alvito de 150 t/(km 2 .ano). Admitido um peso<br />

específico aparente do material submerso de 1,3 t/m 3 , obtém-se uma produção de<br />

sedimentos, em volume, de 115,4 m 3 /(km 2 .ano).<br />

Síntese dos resultados obtidos<br />

Os dois métodos utilizados para estimar a produção de sedimentos da bacia do Ocreza<br />

dominada pela barragem do Alvito conduziram a valores praticamente coincidentes, de 150<br />

t/(km 2 .ano) ou, em volume, 115,4 m 3 /(km 2 .ano).<br />

Os dados de medição de assoreamento nas 3 albufeiras da bacia do Tejo, apresentados no<br />

Quadro 15, apontam para uma afluência anual de sedimentos muito superior à que<br />

conduziria a metodologia aplicada no presente estudo. De facto, se esta fosse aplicada com<br />

os mesmos pressupostos agora utilizados, ter-se-ia para a barragem de Santa Luzia uma<br />

estimativa de volume de assoreamento correspondente a cerca de um terço do que foi<br />

calculado com base nos levantamentos de campo. No caso da barragem de Idanha a<br />

estimativa teórica seria cerca de 12 vezes inferior à que, alegadamente, foi medida.<br />

Face a esta discrepância e na impossibilidade de confirmar os dados dos referidos<br />

levantamentos, fixou-se para a bacia da barragem do Alvito uma produção de sedimentos de<br />

150 ton/(km 2 .ano). Este valor é da ordem de grandeza de outros valores fixados em trabalhos<br />

já anteriormente citados.<br />

Tendo em conta a produção estimada de sedimentos na albufeira, verifica-se que o volume<br />

de sedimentos produzido, para um período de vida útil de 100 anos, é reduzido,<br />

correspondendo apenas a cerca de 2% do volume total da albufeira, para ambos os NPA<br />

estudados.<br />

Imp – 5007_R2 Página 44

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