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Estudo de Impacte Ambiental do Aproveitamento Hidroeléctrico (AH) do<br />
Alvito<br />
Relatório Síntese<br />
Análise dos riscos mais significativos associados ao projecto<br />
envolvidos nas grandes barragens é, por via de regra, superior ao prevalecente em<br />
empreendimentos de menor envergadura.<br />
Dos vários acidentes e incidentes susceptíveis de ocorrer numa barragem, a sua rotura,<br />
embora seja um acidente de baixa probabilidade, constitui o risco de segurança de maior<br />
gravidade, como já foi referido anteriormente, pelo que em seguida será efectuada uma<br />
análise detalhada destas ocorrências.<br />
7.3 Identificação das causas possíveis<br />
Em traços gerais, as causas de rotura das barragens podem ser classificadas em dois<br />
tipos:<br />
<br />
<br />
Causas naturais;<br />
Causas provocadas pela acção humana.<br />
Das primeiras causas destacam-se as seguintes (adaptado de Martins (1999)):<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ocorrência de afluências excepcionais, que condicionam a capacidade dos órgãos<br />
de segurança e a gestão da albufeira (não só em termos de segurança como<br />
também em termos de funcionalidade); Estas afluências anormais podem resultar<br />
também de precipitações excepcionais, do deslizamento de encostas ou outros<br />
acontecimentos similares;<br />
Insuficiente estabilidade e operacionalidade dos órgãos descarregadores.<br />
Segundo Ramos (1999), a insuficiente capacidade de vazão face a uma afluência<br />
anormal constitui cerca de 35% das situações de rotura.<br />
A alteração desfavorável da estabilidade da fundação ou da resistência do corpo<br />
da barragem, das fundações e encontros, deslizamentos de zonas de encostas<br />
nas margens das albufeiras;<br />
Alteração desfavorável da estabilidade da estrutura da barragem (corpo da<br />
barragem, fundações e encontros), deslizamentos de zonas de encostas nas<br />
margens das albufeiras (com maior relevância em caso de insuficiência do<br />
respectivo plano de observação);<br />
Actuação de um sismo intenso que possa dar origem a esforços ou movimentos<br />
excessivos, nas estruturas ou provocar o escorregamento das vertentes da<br />
albufeira.<br />
Das segundas causas são exemplos os actos de guerra ou sabotagem, os erros de<br />
projecto ou de construção e as acções incorrectas na exploração da albufeira, ou dos<br />
respectivos órgãos de segurança (como é o exemplo o funcionamento deficiente de<br />
comportas).<br />
7.3.1 Frequência dos acidentes e consequências<br />
Segundo Almeida (2000), a probabilidade de ocorrência de ruptura, por ano, de uma<br />
barragem é da ordem dos 0,000001 ou 10 -6 . Apesar do valor corresponder a uma<br />
situação rara, o significado real desta probabilidade é muito contestado devido à não<br />
homogeneidade da amostra, que inclui barragens antigas e modernas e de todos os tipos<br />
estruturais.<br />
Em termos de consequências, a destruição total ou parcial de uma barragem provoca um<br />
aumento repentino do caudal no trecho do rio a jusante, formando na maioria dos casos,<br />
Imp – 5007_R2 Página 181