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Estudo de Impacte Ambiental do Aproveitamento Hidroeléctrico (AH) do<br />
Alvito<br />
Relatório Síntese<br />
Identificação e Avaliação de Impactes<br />
Emissões evitadas pelo AH<br />
Como anteriormente referido, a promoção da utilização de fontes de energias renováveis,<br />
como é o caso de um aproveitamento hidroeléctrico, encontra-se consagrada em<br />
legislação nacional e comunitária enquanto estratégia de redução da emissão de<br />
poluentes atmosféricos e de GEE, encontrando-se a prossecução do objectivo de redução<br />
de GEE inserida ainda no quadro de participação da União Europeia no Protocolo de<br />
Quioto. Efectivamente, a Directiva 2009/28/CE do Parlamento Europeu e do Conselho<br />
sobre a promoção do uso de energia a partir de fontes renováveis, define como objectivo<br />
para o ano de 2020, a participação dessas fontes no consumo final de energia em<br />
Portugal em cerca de 31% do total.<br />
Refira-se ainda que o reforço da componente hidroeléctrica com bombagem permite ainda<br />
potenciar o crescimento da componente eólica, garantindo o balanceamento com a<br />
intermitência do recurso eólico.<br />
No que se refere à energia hidroeléctrica, o Governo português fixou em 2007 (Ministério<br />
de Economia e Inovação, 2007 – Uma política de energia com ambição) uma meta de<br />
7000 MW de potência instalada a superar até ao horizonte de 2020, da qual resultou a<br />
necessidade de elaboração do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial<br />
Hidroeléctrico (PNBEPH).<br />
Quanto ao reforço da capacidade da componente eólica, esta tem vindo a constituir uma<br />
aposta dos sucessivos governos pelo menos desde o ano de 2001, que se traduziu num<br />
crescimento dos cerca de 70 MW instalados nos finais de 2000 para 2 600 MW em finais<br />
de 2008, estando previsto o aumento para 5 700 9 MW até 2012 e para 8500 10 MW em<br />
2020, com importância determinante para o cumprimento do objectivo traçado para<br />
Portugal na Directiva 2009/28/CE.<br />
De acordo com o Inventário Nacional de Emissões para o período 1990-2007 (APA, 2009),<br />
o sector da energia é a principal fonte de GEE em Portugal, correspondendo a cerca de<br />
70,4% do total emitido. A contribuição da actividade de produção de energia é de cerca de<br />
24,3%.<br />
Figura 10 – Emissões de GEE por sector, em 2007 (Fonte: APA, 2009)<br />
O principal GEE emitido é o dióxido de carbono (CO2), que corresponde a 77% do total<br />
das emissões, e que provém maioritariamente de actividades relacionadas com a<br />
produção de energia, que constitui a origem de 90% das referidas emissões. Segundo o<br />
Inventário Nacional, a situação verificada decorre directamente das fontes de energia<br />
usadas em Portugal, sendo que, em média, no período 1990-2007, cerca de 84% da<br />
energia consumida foi produzida a partir da combustão de combustíveis fósseis (carvão,<br />
9 5100 MW + 600 MW por “upgrade” de equipamento. “Ministério de Economia e Inovação, 2007 - Uma politica de energia com<br />
ambição”<br />
10 “Power in Europe/Issue 545/February 23, 2009 - Interview Portugal’s Economy Minister Manuel Pinho”<br />
Imp – 5007_R2 Página 103