IGREJA LUTERANA - Seminário Concórdia
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Igreja Luterana<br />
pelo Salvador: “Mas você, quando orar, vá para o seu quarto, feche a porta<br />
e ore ao seu Pai, que não pode ser visto. E o seu Pai, que vê o que você<br />
faz em segredo, lhe dará a recompensa” (Mt 6.6). Diferentemente dos<br />
hipócritas que oram de pé nas sinagogas e esquinas, simulando arrependimento.<br />
Nos dois casos há recompensas que vêm do alto: condenação<br />
e salvação, juízo e perdão.<br />
A pregação do profeta Joel conclamando para que rasguem o coração<br />
no lugar das roupas surge em meio a uma situação de calamidade<br />
pública: praga de gafanhotos e seca que arrasaram a terra de Judá. O<br />
“voltar para Deus com todo o coração” (2.12) aponta para o verdadeiro<br />
arrependimento destituído da falsidade religiosa. A resposta de Deus a<br />
esta conversão é o seu grande amor, demonstrado também em bênçãos<br />
materiais (2.18,19).<br />
5. CONTEXTUALIZAÇÃO<br />
Segundo alguns historiadores, o Carnaval tem origens no Egito antigo.<br />
O sagrado boi Apis era levado em procissão até o rio Nilo, numa<br />
festa repleta com orgias e promiscuidades sexuais de gente fantasiada.<br />
A festa chegou a outros lugares pela globalização da época. Na Grécia<br />
tomou o nome de Dionisíaca, em honra ao deus do vinho Dionísio. Em<br />
Roma chamou-se Bacanal, em homenagem a Baco, deus do vinho. Mais<br />
tarde, quando o império romano converteu-se oficialmente ao cristianismo,<br />
estas tradições deixaram de ser promovidas pelo poder público. Mas na<br />
Idade Média voltaram com outro nome: carnevale - vocábulo italiano que<br />
provavelmente significa “adeus à carne”. Foi a maneira para compensar o<br />
jejum da Quaresma, os quarenta dias antes da Páscoa quando nenhuma<br />
manifestação de alegria era permitida.<br />
Dedicado ao Momo, deus da mitologia grega que representa a zombaria<br />
e o sarcasmo, o carnaval brasileiro transformou-se na maior festa popular<br />
do planeta. Por ser uma festa de origem pagã e com apelos imorais, a<br />
liberdade cristã nesta hora requer esclarecimento e orientação. As leituras<br />
do culto da Quarta-feira de Cinzas são oportunas para a reflexão da<br />
vida que agrada a Deus. Segundo a mitologia grega, Momo é um deus<br />
morto que foi expulso do Olimpo para ser na Terra o rei dos loucos. Os<br />
cristãos se alegram com o Deus que veio espontaneamente à Terra, não<br />
para zombar mas para ser zombado, foi morto mas foi também ressuscitado.<br />
Uma alegria expressa por Davi: “Dá-me novamente a alegria da<br />
tua salvação” (Sl 51.12).<br />
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Marcos Schmidt<br />
Novo Hamburgo/RS<br />
marsch@terra.com.br<br />
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