IGREJA LUTERANA - Seminário Concórdia
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domingo de páscoa - a ressurreição do senhor<br />
podem ser desdobrados e explicados ao longo de uma série de pregações<br />
e estudos em que o tema da ressurreição é apresentado.<br />
O significado da ressurreição de Cristo pode e deve ser aplicado a situações<br />
concretas de nossa vida e de nossos ouvintes. Convém enfatizar<br />
e aplicar o conforto e esperança que resultam desta sua ressurreição.<br />
Se há um momento em nossas vidas onde a mensagem da primeira<br />
Páscoa deveria ter um lugar bem especial para nos trazer conforto e esperança,<br />
esse momento deveria ser por ocasião de sepultamentos. Ou<br />
não?<br />
O Dr. Jeffrey Gibbs, professor de Teologia Exegética no Seminário Concórdia<br />
de Saint Louis, fez uma descoberta desconcertante com relação a<br />
isso. Conta ele, no artigo acima mencionado, que, num período de 12 anos<br />
em St. Louis, ele participou de vários funerais de cristãos “comuns” e de<br />
líderes sinodais mais conhecidos. E, raramente, ele ouviu uma referência<br />
às boas novas da ressurreição física nas alocuções fúnebres. Felizmente,<br />
diz ele, a liturgia sempre oferece esse consolo mas, por que, com o corpo<br />
ali presente, só se ouve que a alma do crente partiu para estar com Cristo?<br />
Claro que isso também é confortador e bíblico. Mas, continua Gibbs,<br />
a Bíblia também diz que nossos corpos são importantes para Deus. (A<br />
criação é importante para Deus).<br />
Rm 8. 22-23 diz: “Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo,<br />
geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também<br />
nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso<br />
íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.” E,<br />
v. 11: “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre<br />
os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos<br />
vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito,<br />
que em vós habita” (ver tb. 1 Pe 1.3-5).<br />
No credo confessamos: Creio na ressurreição da carne. Mas, por que<br />
esquecemos isso na hora dum funeral? Seria por causa de uma visão<br />
neoplatônica? (cf. Paulo em Atenas). Mas, não somos um corpo corrupto<br />
existindo numa alma pura. A razão do esquecimento talvez seja, diz Gibbs,<br />
que as boas novas da Páscoa e do Último Dia não estão no centro da<br />
atenção no resto do tempo.<br />
Para os tessalonicenses preocupados com seus entes queridos que<br />
haviam falecido antes do retorno de Cristo, Paulo não diz: “Não se preocupem,<br />
suas almas estão com Cristo no céu.” Mas ele diz: “os mortos em<br />
Cristo ressuscitarão primeiro ... Consolai-vos, pois, uns aos outros com<br />
estas palavras” (1 Ts 4.16, 18). Este mesmo consolo pode ser nosso e<br />
também podemos consolar outras pessoas, que temem a morte, com a<br />
esperança da Páscoa e a promessa da ressurreição do corpo.<br />
Na última parte de seu artigo, Gibbs acentua: A Páscoa é nosso futuro.<br />
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