IGREJA LUTERANA - Seminário Concórdia
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Segundo Domingo no Advento<br />
de seu ministério, não punindo os que sacrificavam animais defeituosos.<br />
“Chamado ao arrependimento” pode ser o tema de Malaquias para receber<br />
o que há de vir. Para Lutero, Malaquias 3.1 refere-se à vinda de João<br />
Batista, como Jesus afirma em Mt 11.10. Recebemos o Salvador somente<br />
em arrependimento, como João abriu o caminho dizendo em Mc 1.15:<br />
“Arrependei-vos e crede no evangelho”!<br />
O advento, em Malaquias, pode ser entendido como sendo em dois<br />
estágios: o primeiro com o advento em Cristo, que chamou pecadores,<br />
excluídos e marginalizados. O segundo estágio é o segundo advento<br />
em que de fato os opressores que oprimem em nome de Deus serão<br />
castigados. Embora isso não apareça em Malaquias, o primeiro advento<br />
mostra isso! (LASOR, p. 449-457 – LUTERO, M. Obras Selecionadas V. 8.<br />
p.110-112).<br />
TEMA A SER EXPLORADO: A VINDA DO SENHOR<br />
CHAMA AO ARREPENDIMENTO<br />
Em sua música “A Canção do Senhor da Guerra”, Renato Russo afirma<br />
aos que vão ao combate: “Lembre-se que Deus está ao lado de quem vai<br />
vencer”. Quando autoridades sociais (mão esquerda) e as autoridades religiosas<br />
(a serviço da mão direita de Deus) deixam transparecer que Deus<br />
está ao lado de quem tem mais poder, Deus precisa quebrar o orgulho<br />
humano, pois Deus quer atrair os pecadores, doentes, excluídos e aflitos<br />
que foram excluídos da “seleção natural” do homem. Assim foi com o ministério<br />
de Jesus, dirigido aos humildes de espírito, aos que choram, aos<br />
mansos, aos sedentos e famintos de justiça, aos misericordiosos, limpos<br />
de coração e pacificadores, perseguidos.<br />
Muitas vezes, dentro de nossas próprias igrejas, as pessoas vão à Santa<br />
Ceia como sendo resultado de um prêmio de uma vida sem pecado. Quando<br />
pessoas que caíram voltam à igreja, recebem dos “premiados” julgamento<br />
e condenação, afinal, Santa Ceia é para quem oferta e conseguiu “não<br />
pecar”. Quando a igreja torna-se uma estrutura que vive em torno de si<br />
mesma, começa a olhar os excluídos com certo preconceito, visto estes não<br />
entrarem no sistema estrutural. Oprime-se mais o oprimido e acalenta-se<br />
o que “compra” o favor de Deus com oferta e uma vida de aparências.<br />
Quando se transforma a igreja em empresa, cobrando dos ministros resultados<br />
meramente estruturais, esquece-se do evangelho como perdão<br />
incondicional, para a condição da estrutura à qual ele serve!<br />
Este texto aponta para a mais dura lei. No entanto, é uma lei pedagógica<br />
a serviço de um Deus de inclusão ao arrependido e quebrantado<br />
de coração. Torna-se evangelho à medida que Deus vai ao encontro dos<br />
“excluídos”, pois Deus não é um Deus de elite, mas o Deus dos arrepen-<br />
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