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IGREJA LUTERANA - Seminário Concórdia

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Domingo de Páscoa –<br />

a ressurreição do Senhor<br />

04 de abril de 2010<br />

1 Coríntios 15. 20-28<br />

1. CONTEXTO LITÚRGICO E HISTÓRICO<br />

Nunca é demais lembrar que o culto, e também especificamente o<br />

sermão, do domingo de Páscoa precisa refletir em tudo a celebração do<br />

maior evento de toda a história. Estamos celebrando o triunfo sobre o maior<br />

inimigo da humanidade: a morte. Se alguma coisa neste mundo merece<br />

ser celebrada, certamente é este acontecimento. Aqui o Evangelho—a Boa<br />

Nova—brilha em toda sua intensidade.<br />

O convite para a fé no Evangelho e para a celebração daí decorrente<br />

está presente tanto no texto da epístola como também nas demais leituras<br />

do domingo. O evangelho reproduz as palavras dos anjos: “Por que buscais<br />

entre os mortos ao que vive? Ele ... ressuscitou” (Lc 24.5,6). O Salmo 16<br />

celebra a ressurreição de Cristo (especialmente nos versículos 8-11, citados<br />

em At 2.25-28; 13.35; e com uma provável alusão no versículo 4 de<br />

nosso texto). Isaías 65.17ss. aponta para a esperança do futuro tornado<br />

possível pela Páscoa (“folgareis e exultareis perpetuamente”; “crio ...<br />

alegria ... regozijo”; “exultarei ... e me alegrarei no meu povo”).<br />

O convite para crer no Evangelho e para celebrá-lo está claro na Escritura.<br />

Mas a história da humanidade revela que esta fé e celebração não<br />

são a resposta natural do ser humano. É difícil crer no Evangelho. É bom<br />

demais para ser verdade. É difícil pregar o Evangelho.<br />

Já nos dias do apóstolo Paulo, os coríntios tinham dificuldade para se<br />

confortar e se alegrar com a ressurreição de Cristo. Séculos mais tarde,<br />

na teologia e pregação da Idade Média, a atenção foi desviada, quase<br />

inteiramente, dos grandes feitos de Deus para obras humanas.<br />

Lutero, que tem como foco de sua Reforma o objetivo de recolocar<br />

o Evangelho da graça de Deus em Cristo no centro da teologia e vida da<br />

igreja, queria que a ressurreição não fosse lembrada apenas no dia da<br />

Páscoa mas, de forma especial, também em todo o período entre a Páscoa<br />

e o Pentecostes. No lecionário medieval, lia-se, neste período, na missa,<br />

as epístolas – especialmente Tiago, considerada a melhor. Lutero sugeriu<br />

uma mudança na seleção das leituras bíblicas para os cultos deste período<br />

do calendário eclesiástico. Diz ele: “Seria melhor para a instrução e<br />

conforto das pessoas, e em consonância com o período, tratar o artigo<br />

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