IGREJA LUTERANA - Seminário Concórdia
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Igreja Luterana<br />
Marcos 8.31-33<br />
E esse último motivo é facilmente percebido quando Jesus fala abertamente<br />
que, como Cristo, ele deveria tomar o caminho do sofrimento,<br />
da rejeição e da cruz - a morte mais humilhante e repulsiva que poderia<br />
ser imaginada na época. Pedro se nega a aceitar isso. Talvez ele tenha<br />
se lembrado das palavras de Dt 21.23, onde Moisés faz referência àquele<br />
que é pendurado no madeiro como maldito de Deus e não o Cristo, o<br />
Ungido de Deus.<br />
Jesus não justifica os pensamentos de Deus, mas afirma que a obra<br />
messiânica não segue modelos e expectativa humanas. Assim como já<br />
havia acontecido nas tentações, Cristo resiste de novo a Satanás, que<br />
agora estava tentando a Pedro.<br />
Jesus deixa claro que não pode haver acordo ou meio termo, e o caminho<br />
da cruz está traçado.<br />
Marcos 8.34-38<br />
A cruz foi o caminho de Cristo e é o caminho de todos os cristãos.<br />
Jesus chamou também a multidão para lhe dizer que aquele que quiser<br />
segui-lo, vai ter de tomar o caminho da cruz. Dizer “não” para si mesmo<br />
e seus desejos, olhar para Jesus e segui-lo. É o sofrimento por amor a<br />
Cristo e seu Evangelho. Não é uma nova lei, mas um convite e chamado<br />
do Senhor Jesus a viver em sua companhia pela fé nele.<br />
Aplicação<br />
O eco do convite original de Jesus ouvimos hoje em sua palavra.<br />
Negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.<br />
Na companhia de Jesus começamos a andar pelo nosso batismo. Nele<br />
fomos unidos a Cristo com sua morte e sua ressurreição (Rm 6.4). Estamos<br />
na graça, somos filhos e herdeiros. Com Cristo sofremos e com ele<br />
somos glorificados. Confessamos com Pedro que Jesus é o Cristo, o nosso<br />
Salvador. Sabemos que Cristo morreu e ressuscitou. O nosso problema é<br />
a cruz. É o negar-se a si mesmo. O sofrimento por amor a Cristo. Talvez<br />
fosse preferível pular essa parte e ir direto para a transfiguração, a fim de<br />
vermos o céu e dizer com Pedro: “Bom é estarmos aqui”.<br />
Mas assim não é. Os nossos pensamentos, vontade e desejos não são<br />
os de Deus. Jesus nos convida a caminhar com ele, fechar os olhos e nele<br />
confiar. E essa é justamente a cruz. É o negar-se a si mesmo e ouvir a<br />
vontade de Deus.<br />
Assim como Pedro, confessamos a Jesus como Cristo e nos alegramos<br />
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