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IGREJA LUTERANA - Seminário Concórdia

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Igreja Luterana<br />

sas e argila havia em quantidade, desenvolveu-se o processo de queimar<br />

tijolos. Os habitantes da Planície de Sinear resolvem construir uma cidade<br />

e uma torre. Havia dois objetivos na construção: tornar célebre o nome e<br />

não ser espalhado pela terra. Questões que esta ação levanta: Será que<br />

havia medo de um novo dilúvio? Haveria propósitos religiosos nesta construção?<br />

Deus havia abençoado Noé e seus filhos, dizendo: “Sede fecundos,<br />

multiplicai-vos e enchei a terra” (9.1). A ideia dos construtores de Babel<br />

coloca-se contra a bênção de Deus: “para que não sejamos espalhados<br />

por toda a terra”.<br />

11.5-9 – O juízo: O “descer do Senhor” é uma descrição antropomórfica<br />

da presença de Deus diante dos atos dos homens. Deus vê a intenção<br />

do coração humano e o perigo de deixar que siga seu caminho – o que<br />

poderia levar a um novo momento de violência extrema. Deus resolve intervir<br />

para confundir a linguagem, donde vem o nome Babel, que significa<br />

“confusão”. Esta confusão de linguagem faria com que as pessoas não se<br />

entendessem e, assim, seriam espalhadas pela face da terra. E Deus faz<br />

isto não porque eles queriam construir uma cidade e uma torre, mas por<br />

causa dos motivos que estavam por trás desta atitude.<br />

Estavam os construtores de Babel querendo estabelecer um governo<br />

centralizado e uma estrutura de poder e dominação? Se não estavam, sua<br />

atitude logo os levaria a isto, pois queriam “tornar seu nome célebre”. Não<br />

seria bom ter um governo centralizado, uma luta por uma nação única e<br />

forte – nacionalismo? A pluralidade de nações e linguagem não impede<br />

avanços culturais, econômicos e religiosos? O processo de globalização<br />

não é algo bom? Talvez tudo isso fosse bom, mas não sendo o ser humano<br />

pecador e o coração humano corrupto. Um governo mundial provavelmente<br />

resultaria não em progresso, mas em totalitarismo, destruição.<br />

3. PONTES E PONTOS DE CONTATO<br />

Deus não permite que a rebelião humana chegue ao mesmo nível<br />

de antes do dilúvio. Ele intervém ao agir com amor para preservar o ser<br />

humano. É melhor a divisão do que o afastamento de Deus.<br />

A ação de Deus tem um caráter escatológico, pois, em contraste com<br />

a confusão deste episódio, temos a grande bênção do Pentecostes (Atos<br />

2). O uso de uma linguagem comum pelo Espírito Santo demonstra que<br />

o evangelho, longe de estar restrito cultural ou linguisticamente, é para<br />

pessoas de todas as nações, conforme a promessa do Senhor: “derramarei<br />

do meu Espírito sobre toda a carne... e acontecerá que todo aquele que<br />

invocar o nome do Senhor será salvo” (Atos 2.17,21).<br />

As pessoas quiseram chegar ao céu por suas próprias obras. Esqueceram<br />

que é Deus quem vem do céu ao seu encontro. Babel mostra que<br />

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