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IGREJA LUTERANA - Seminário Concórdia

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Igreja Luterana<br />

EPIFANIA<br />

CONTEXTO LITÚRGICO<br />

“Epifania” – a manifestação de Deus – é muito mais do que um dia<br />

na vida da igreja cristã. No seu sentido mais amplo é o que Deus sempre<br />

tem feito, a saber, fazendo-se conhecer e, pelos seus atos, fazendo-se<br />

ver. A criação é uma “epifania” de Deus porque os céus proclamam a<br />

sua glória. As visões que impulsionaram Abraão são epifanias. Yahweh<br />

falando a Moisés na sarça ardente, o êxodo do Egito, a aliança, o maná,<br />

a chegada à Terra Prometida – cada um destes episódios são de Deus.<br />

Até os profetas, ao se referir prolepticamente ao Messias, estão debaixo<br />

do guarda-chuva do conceito de epifania.<br />

A vida do “Verbo que se tornou carne e habitou entre nós” é uma<br />

epifania. A cruz, tanto quanto a manjedoura, é uma epifania. Deus deixa<br />

a nuvem da invisibilidade para se deixar conhecer e, em Cristo, se deixar<br />

ver. Em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Esta é a<br />

maneira de Deus, o nosso Deus, agir na medida em que deseja a salvação<br />

do mundo. Esta é a única forma que tem o ser humano de conhecer e ver<br />

Deus, ou seja, na pessoa de Cristo. Vale lembrar a palavra de Lutero: “Se<br />

alguém procurar Deus fora de Jesus Cristo, não o encontrará”.<br />

O evangelho de hoje é o ponto zero da Epifania na nomenclatura do<br />

ano eclesiástico. A epifania em Belém é paroquial, mas com os Magos do<br />

Oriente é global – eles representam o mundo gentio, de onde procedem.<br />

A relação da leitura do Antigo Testamento com o evangelho é, como na<br />

maioria das vezes, direta, complementar e, aqui, uma relação de profecia<br />

e cumprimento.<br />

TEXTO E COMENTÁRIO<br />

06 de janeiro de 2010<br />

Isaías 60.1-6<br />

V.1: O texto da LXX e da Vulgata acrescenta “Jerusalém” depois dos<br />

verbos “levanta-te, resplandece” (cf. NTLH). Embora tenhamos de preferir<br />

a leitura mais breve, as duas traduções já indicam a quem se referem os<br />

dois verbos iniciais. Estes verbos estão no imperativo feminino; Jerusalém<br />

é descrita como uma mulher. Tais verbos dão a entender que “ela está<br />

prostrada por terra, em vergonha e fraqueza, cercada por uma noite de<br />

miséria” (Ridderbos, Isaías, p. 483). O povo pecou, sim, mas Sião é agora<br />

chamada a levantar-se do seu estado de prostração e abraçar a glória que,<br />

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Revista Luterana 2010 gráfica.indd 82 8/4/2010 18:42:10

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