IGREJA LUTERANA - Seminário Concórdia
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Quinto Domingo na Quaresma<br />
1. CENÁRIO HISTÓRICO<br />
21 de março de 2010<br />
Filipenses 3.8-14<br />
A comunidade de Filipos foi a primeira fundada por Paulo na Europa<br />
(At 16.11-40 – 2ª viagem missionária 49-51 AD). A carta aos Filipenses<br />
foi escrita por Paulo da prisão em Roma entre 59-61 AD. Filipenses mostra<br />
Paulo como um crente, um missionário e um teólogo. Como alguém<br />
que acredita que a fé em Cristo lhe possibilita enfrentar com alegria toda<br />
e qualquer situação (Fp 4.13). A Epístola retrata um apóstolo preso que<br />
escreve para a uma igreja perseguida. E o verso chave de sua carta diz:<br />
“Eu me alegro! Vocês também se alegram?” Onde isto é possível senão<br />
onde a fé está e onde o Espírito Santo age?<br />
O tema da perfeição cristã é latente em Filipenses. É necessário que<br />
aquela Comunidade seja alertada e instruída a respeito disto. No capítulo<br />
3, Paulo alerta contra duas falsas ideias do que seria perfeição cristã: a<br />
ensinada pelos judeus legalistas (3.2-11), que baseavam a perfeição no<br />
cumprimento da lei, e a ensinada pelos libertinos inimigos da cruz de<br />
Cristo (3.17-21), que pervertiam a graça de Deus e a interpretavam conforme<br />
sua licenciosidade (antinomistas - conferir também Judas 4). Paulo<br />
era aquela pessoa que teria todos os motivos para se vangloriar na sua<br />
observância da lei e dos costumes judeus. Era um fariseu exemplar. Teria<br />
a moral necessária para ser legalista. Mas seu ensino é diferente. Contra<br />
estas duas heresias, Paulo retrata a si mesmo, aquele que está em Cristo,<br />
como verdadeiro exemplo da perfeição e maturidade cristã (3.15).<br />
2. CENÁRIO LITÚRGICO<br />
O Quinto Domingo na Quaresma é o último antes do Domingo de Ramos.<br />
A Igreja está sendo conduzida para aquela semana na qual meditará<br />
profundamente nos eventos decisivos da obra de Cristo para a salvação<br />
do mundo. Tempo de relembrar que Cristo não fez nada menos do que<br />
tudo o que era necessário. Não devemos ofuscar a obra do Salvador<br />
intrometendo nela nossas “bondades” e “perfeições”. A Igreja deve ser<br />
preparada a chegar à Semana Santa dizendo: “Nu me venho em ti vestir,<br />
só a graça te pedir”. O culto deve focar este “despir-se” para que livres<br />
de toda justiça própria possamos nos deliciar com aquela santa e perfeita<br />
justiça que vem de Deus, em Cristo.<br />
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