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IGREJA LUTERANA - Seminário Concórdia

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Igreja Luterana<br />

CONTEXTO IMEDIATO<br />

A missão para Jeremias estava clara: demolir e construir. Porém, o<br />

cenário não era nem dos mais atraentes nem favoráveis. Por causa do<br />

pecado, o juízo de Deus foi dolorido para Israel e também para o profeta.<br />

Apesar de ter recebido a garantia e a certeza da companhia de Deus (Jr<br />

1.8,18; 15.20), ele fraquejou (Jr 8.18-22; 12.1-4; 20.14-18) e apelou<br />

em oração à misericórdia de Deus (Jr 32.16-25). Na resposta do Senhor<br />

aparentemente não havia muita esperança. Ele listou razões de sobra para<br />

manter o juízo sobre a casa de Israel (Jr 32.26-30). Deus abriu a ferida e<br />

a fez arder ao expor toda a gravidade da situação. Havia uma lista muito<br />

grande de transgressões.<br />

Mas, quando Deus abre o ferimento, Ele o faz com a intenção de<br />

curá-lo. A cura é por sua misericórdia e graça. Talvez poderíamos dizer,<br />

considerando de maneira especial a situação deplorável do povo de Deus<br />

na época, com o apóstolo Paulo: “onde proliferou o pecado, superabundou<br />

a graça” (Rm 5.20b).<br />

Essa disposição graciosa de restauração e perdão perpassa o texto<br />

de Jeremias desde o capítulo 30.1, até 33.26, o que faz com que alguns<br />

chamem essa parte de “Livro da Consolação”. Tudo bem. Jerusalém será<br />

restaurada, voltará a paz e a segurança. A ira do Senhor realmente não<br />

passa de um momento (Salmo 30.5) e suas promessas de retorno do<br />

exílio foram cumpridas (Jr 31.23-25).<br />

Mas tem mais. A palavra do Senhor tem um alcance além desse horizonte.<br />

Suas promessas têm cores messiânicas e que se aplicam ao povo<br />

pecador, mas amado por Deus, do século XXI.<br />

O TEXTO – JEREMIAS 33.14-16<br />

Há um paralelo muito próximo dessa passagem em Jeremias 23.5-6.<br />

Lá, o foco está mais em Cristo, como um broto que executará o juízo e a<br />

justiça na terra. É necessário que estes dois termos sejam entendidos como<br />

sinônimos de salvação. O texto completa afirmando de que Cristo será a<br />

nossa justiça. Aqui, o nome de Jesus “Senhor Justiça Nossa” é passado<br />

para o instrumento de Deus na continuação da proclamação da salvação.<br />

Inicialmente foi Jerusalém. Agora é a igreja que “carrega” como corpo de<br />

Cristo o seu próprio nome e é denominada de “Senhor, Justiça Nossa”.<br />

O Senhor quer despertar o povo para o cumprimento de sua “boa palavra”<br />

para Israel e Judá. A promessa não é só para o retorno dos exilados<br />

(Jr 29.10), mas é a boa, melhor e última palavra de Deus à humanidade,<br />

seu Filho Jesus (Hb 1.1-2).<br />

Jeremias anunciou o salvador da linha davídica e que preencherá as<br />

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