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IGREJA LUTERANA - Seminário Concórdia

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DOMINGO DE RAMOS<br />

O DOMINGO<br />

28 de março de 2010<br />

João 12. 20-43<br />

Isso procede do Senhor<br />

Os textos desse domingo refletem a obra que Jesus tomou sobre si.<br />

Na palavra de Paulo aos Filipenses temos uma confissão que a igreja adotou<br />

que expressa o completo esvaziamento de Deus em Cristo. Deixou a<br />

majestade, assumiu a nossa humanidade e desceu até à morte de cruz<br />

onde as penas do inferno o afligiram. Todas as acusações que o diabo<br />

pode levantar, e efetivamente levanta contra nós, o atormentaram. Ele<br />

foi julgado e condenado com a nossa culpa. Não há como descrever o que<br />

aconteceu na sua morte de cruz. Abandonado por Deus, o diabo e suas<br />

forças certamente cantavam vitória.<br />

Pode parecer estranho dizer isso, mas é necessário que se diga: esse<br />

é o Cristo que pode nos consolar. Nossa natureza humana, assim como<br />

os próprios discípulos, não consegue ficar ao pé da cruz. O quadro é por<br />

demais dantesco. Pois a cruz, da qual extraímos o conteúdo do evangelho<br />

como na expressão daquele hino: “Foi por mim que tu morreste” é, ao<br />

mesmo tempo, a revelação e constatação da grandeza do meu pecado.<br />

Deus nos é tão gracioso que não nos obriga a vermos o quanto o pecado<br />

em nós é grande. Um segundo aspecto que revela a compaixão de Deus<br />

por nós está no fato de que ele, além de nos ter como perdoados, ainda<br />

nos impede de pecar segundo os impulsos da natureza em nós. Isso Jesus<br />

nos ensina a crer quando nos ensina a orar: “Não nos deixes cair em<br />

tentação”. Deus providencia instrumentos, pessoas, educação, e nos envia<br />

dores e sofrimentos pelos quais refreia os nossos impulsos e preserva a<br />

dignidade de que necessitamos para viver em família e sociedade. Por<br />

isso, ao contemplar e confessarmos o Cristo crucificado, a lei que ali está<br />

expressa pelo juízo severo de Deus, ao lado do evangelho que dali brota,<br />

podem nos manter boquiabertos diante amor que Deus ali expressa por<br />

nós. A lei, com todo o seu peso, que nos atinge na cruz, essa Deus lança<br />

sobre Cristo. Cada acusação que Satanás pode lançar sobre nós com<br />

justiça, essa precisamos reconhecer na pessoa do crucificado.<br />

Bem por isso, podemos reconhecer nos relatos dos evangelistas e<br />

apóstolos como que um retorno permanente ao Calvário, de onde eles<br />

num primeiro momento se mantiveram distantes e até medrosos e en-<br />

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