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IGREJA LUTERANA - Seminário Concórdia

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sexta-feira santa<br />

até a presença de Deus, onde está o santuário real e perfeito, do qual o<br />

santuário terreno, em Jerusalém, era apenas uma cópia.<br />

2. DESTAQUES NA ANÁLISE DO TEXTO<br />

Interessante é a formatação do texto da epístola, ou seja, a justaposição<br />

de Hb 4.14-16 e Hb 5.7-9. Por que omitir os primeiros seis versículos<br />

de Hb 5? Acontece que neste trecho se fala sobre a escolha de um sumo<br />

sacerdote e suas funções, e como isto se aplica a Cristo. Na sexta-feira<br />

santa, este é um tópico menos importante. Urge passar diretamente ao<br />

que Cristo fez, e isto aparece a partir de 5.7.<br />

No que segue, colocamos o texto da tradução de Almeida em negrito,<br />

com alguns comentários entre colchetes:<br />

Tendo [e esta afirmação é a base para o apelo que virá mais adiante],<br />

pois, a Jesus, o Filho de Deus [junto com o nome “Jesus”, Filho de Deus<br />

é outro destaque cristológico em Hebreus], como grande sumo sacerdote<br />

[a novidade em Hebreus; só que nem nos damos conta da hipérbole:<br />

“grande grande sacerdote”; no grego, só um adjetivo – grande ou mégas<br />

– e um substantivo – archieréus; neste “grande” está sua superioridade<br />

em relação ao sacerdócio do AT] que penetrou os céus [literalmente<br />

“atravessou”; assim como o grande sacerdote passava os vários pátios<br />

ou recintos do templo para entrar no Lugar Santíssimo], conservemos<br />

firmes [isto é possível porque temos Jesus, o grande sumo sacerdote] a<br />

nossa confissão [pode ser tanto o ato de confessar quanto a doutrina<br />

que se confessa; sexta-feira santa é dia de professar lealdade a Jesus.<br />

Não é dia de ter pena de Jesus ou de se “sentir mal” pelo que fizemos a<br />

ele; é dia de culto]. 15 Porque não temos sumo sacerdote que não<br />

possa [aqui temos lítotes, ou seja, negação da negação – que resulta<br />

em afirmação com efeito retórico: com certeza temos!] compadecerse<br />

das nossas fraquezas [não necessariamente pecados; no contexto<br />

dos hebreus, vacilação na fé, entre outras]; antes, foi ele tentado em<br />

todas as coisas [em tudo mesmo? qual teria sido a última tentação<br />

de Cristo? segundo o relato dos Evangelhos, a agonia no Getsêmani], à<br />

nossa semelhança, mas sem pecado [temos aqui um resumo de Hb<br />

2.14-18]. 16 Acheguemo-nos [diferentemente de Jesus, que penetrou<br />

os céus, ainda precisamos aproximar-nos; sempre existe a ocasião oportuna<br />

de que fala o final do versículo], portanto [conclusão lógica baseada<br />

no que precedeu; por ele estar lá no céu e por compadecer-se de nossa<br />

fraqueza podemos nos achegar], confiadamente, junto ao trono [simboliza<br />

poder] da graça [construção de genitivo ambígua, mas que parece<br />

significar “onde está a graça”, ou “de onde provém a graça”; a melhor<br />

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