IGREJA LUTERANA - Seminário Concórdia
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Igreja Luterana<br />
Véspera de Natal<br />
Acaz é um rei prudente. Ele não aceita a palavra do profeta que lhe dissera:<br />
“Pede de Deus um sinal.” Acaz não pede sinal porque a seus próprios<br />
olhos isso soaria como provocação a Deus. Acaz não quer provocar Deus.<br />
Ele quer dar a impressão, ou ele mesmo pensa acreditar nisso, de que<br />
ele confia em Deus. Mas, ao mesmo tempo em que pretende ser alguém<br />
que confia em Deus, ele oferece aliança aos assírios que, na verdade, era<br />
uma aliança de submissão dele e de Israel ao povo assírio. Acaz pensa<br />
que confia em Deus. Mas essa confiança não inclui o agir com destemor<br />
e encarar o rei da Assíria. Ele confia em Deus o suficiente para dar culto<br />
e oferecer sacrifícios a Deus. Mas nas políticas de sustentação do povo,<br />
da economia e da autonomia como povo de Deus, aí Deus não lhe parece<br />
suficientemente presente e disposto a proteger a ele e seu povo.<br />
E o sinal que o profeta oferece parece confirmar que Deus não é suficiente<br />
para proteger o povo de Israel. O sinal é uma virgem e seu filho.<br />
Assim foi também em Jerusalém quando Jesus se apresentou. Ele não<br />
preencheu as expectativas que o povo tinha de um Messias, de um enviado<br />
de Deus. Ainda hoje as pessoas preferem cultuar as fantasias que fazem<br />
de Jesus do que confiar que perdão, paz e felicidade ao lado de Jesus<br />
possam preencher o vazio das esperanças que os homens cultivam. Ainda<br />
hoje muitos rendem louvor a Cristo nos templos e nas orações pessoais,<br />
entretanto na “vida prática” assumem estranhas alianças com as forças<br />
desse mundo.<br />
1 JOÃO 4. 7-16<br />
24 de dezembro de 2009<br />
Salmo 110.1-4; Isaías 7. 10-14; 1 João 4.7-16; Mateus 1.18-25<br />
Quando o apóstolo Paulo escreveu aos Coríntios: “O amor é o dom<br />
supremo”, certamente tinha bem vivo em mente a sua experiência do<br />
encontro com Jesus, às portas de Damasco. Sua insistência sobre o tema<br />
é marcante em cada uma das suas cartas. O Pai e o Filho são, ao mesmo<br />
tempo, juízo e redenção. Mas acima e além do juízo brilha sempre a redenção<br />
como o que identifica Deus. E João vai mais além, ou, em uma frase,<br />
ou, melhor, em uma palavra apresenta Deus: Deus é amor. Exatamente,<br />
como Paulo, ele vê na ação coordenada do Pai e do Filho, a manifestação<br />
da qualidade e da dimensão desse amor: “Nisso se manifestou o amor<br />
de Deus em nós: em haver Deus enviado seu Filho unigênito ao mundo.”<br />
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