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IGREJA LUTERANA - Seminário Concórdia

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Segundo Domingo após Epifania<br />

mas também aquilo que no Antigo Testamento se esperava como<br />

bênção, paz, justiça e plenitude de vida (ver Rm 15.8-13). Tudo<br />

isso é antecipado na força do amor, que une, em uma só comunidade,<br />

fortes e fracos, servos e livres, judeus e gentios, gregos<br />

e bárbaros. (MOLTMANN, 2005, p.409)<br />

A justiça que Deus traz ao povo, a salvação, é e será vista por<br />

todos (cf. Is 58.11).<br />

b. Justiça e Salvação<br />

O profeta não se calará, não descansará até (d[;) que a salvação fique<br />

totalmente descoberta, sob a luz do dia. A consequência da justiça divina/salvação<br />

é a glória de Jerusalém. A voz do profeta se confunde com<br />

a voz de Deus desde 61.8 para atestar que a obra graciosa de Deus será<br />

executada. E os versículos 2 e 3 mostram os desdobramentos desta ação<br />

divina. As nações e reis não têm glória que se compare (conf. Rm 8.18).<br />

O cântico de Simeão (Lc 2.29-33), a partir de Isaías, aponta o Cristo como<br />

a salvação que é luz para todos. E o povo de Deus (gentios e judeus justificados<br />

– a Igreja) será uma coroa de glória (NTLH: bela coroa) na mão<br />

de Deus, ou seja, o próprio Deus sustenta e ergue a coroa.<br />

c. Casamento Perfeito<br />

Os versículos 4 e 5 apresentam a imagem do casamento, o que nos<br />

leva a Ap 19.7 e 21.2 onde o Cordeiro é apresentado como o noivo. A união<br />

entre o Cordeiro e Jerusalém é festejada como uma festa de casamento,<br />

um momento inigualável de alegria (cf. 61.10-11).<br />

A união com Deus traz uma mudança radical até da visão que temos<br />

de nós mesmos. Em Is 49.14 Sião acusa Deus de tê-lo desamparado e<br />

em 62.4 Deus mostra que seu amor por Jerusalém a faz querida, esposa<br />

amada (NTLH).<br />

Novamente percebemos o quanto nós somos indignos do amor perfeito<br />

de Deus. E nossa união com Ele, o estabelecimento de uma aliança de<br />

paz, a Igreja, só é possível por causa da justiça da fé, não a justiça das<br />

nossas obras ou méritos. Lutero, numa breve exposição de Is 62.2 de<br />

1532 relembra que “o artigo da justificação e da graça é o mais prazeroso,<br />

e ele sozinho faz de uma pessoa um teólogo e de um teólogo um juiz da<br />

terra e de todos os assuntos. Mas há poucos que o tem entendido bem e<br />

que o ensinam corretamente.”<br />

Note que a salvação e a justiça (v.1) aparecem sinonimicamente (justificando<br />

a NTLH que usa “vitória” ao invés de justiça). A sua justiça (Hq'd>cii)<br />

e a sua salvação (Ht'['WvywI) já são plenamente ensinadas e apontadas no<br />

servo sofredor em Is 53. Paulo (Rm 5.1,2; 3.26) faz a conexão entre a<br />

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