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Os esportes <strong>do</strong>s Jogos<br />
O<br />
s esportes paraolímpicos têm<br />
grande semelhança com seus<br />
correspondentes olímpicos, com<br />
a particularidade da classificação<br />
funcional de cada competi<strong>do</strong>r. Esse critério é<br />
estabeleci<strong>do</strong> pelo nível de comprometimento<br />
que a deficiência impõe a cada um e tem por<br />
objetivo promover uma competição mais justa.<br />
Os atletas pertencem a seis grupos:<br />
1) atleta com paralisia cerebral<br />
2) atleta com lesão medular/poliomielite<br />
3) atleta com amputação<br />
4) atleta com deficiência visual<br />
5) atleta com deficiência mental<br />
6) Les autres (em português – os outros),<br />
termo francês para classificar to<strong>do</strong>s<br />
os atletas com alguma deficiência de<br />
mobilidade não incluída nos grupos acima<br />
A classificação para pessoas com deficiência<br />
visual é clínica. Já para os demais atletas, é<br />
funcional, porque analisa a potencialidade de<br />
movimento para um determina<strong>do</strong> esporte. A<br />
avaliação considera critérios físicos e técnicos.<br />
A classe em que o atleta está incluí<strong>do</strong> pode ser<br />
revista ao longo de sua carreira, seja em decorrência<br />
da evolução das condições motoras<br />
ou de alterações nas regras.<br />
Atletismo<br />
O atletismo é o esporte que agrega mais participantes<br />
no mun<strong>do</strong>. Praticam essa modalidade<br />
atletas com deficiência motora ou visual.<br />
São realizadas provas de pista e de campo.<br />
As adaptações das provas variam de acor<strong>do</strong><br />
com a deficiência <strong>do</strong>s atletas. Nas corridas, os<br />
competi<strong>do</strong>res cegos são acompanha<strong>do</strong>s por<br />
um guia, que tem a função de orientá-los sobre<br />
as delimitações da pista. As pessoas que<br />
sofreram amputação nas pernas podem usar<br />
próteses especiais e as que apresentam maior<br />
dificuldade de locomoção competem em cadeiras<br />
de três rodas.<br />
As classes <strong>do</strong> atletismo são:<br />
1- F (field, campo em inglês) para as provas de<br />
arremessos, lançamentos e saltos<br />
F11 a F13: atletas cegos e com deficiência visual<br />
F20: atletas com deficiência mental<br />
F32 a F38: atletas com paralisia cerebral<br />
F40: anões<br />
A classificação funcional é determinada por<br />
números. Quanto maior for este número, menor<br />
será o grau de comprometimento motor ou<br />
visual <strong>do</strong> atleta. A classe é precedida pela letra<br />
<strong>do</strong> esporte (em inglês). Natação, por exemplo,<br />
recebe a letra S de “swimming”. Para algumas<br />
modalidades, também existe uma classificação<br />
que utiliza a inicial da deficiência: B<br />
de blind (cego) para deficiência visual, sen<strong>do</strong><br />
dividi<strong>do</strong>s em B1 para atletas cegos, B2 para<br />
os que enxergam vultos e B3 para quem identifica<br />
algumas imagens; A para pessoas com<br />
amputação, cujos graus vão de A2 a A6, com<br />
subclassificações; e C para paralisia cerebral,<br />
varian<strong>do</strong> de C2 a C4 para cadeirantes e<br />
C5 a C8 para deficientes com capacidade de<br />
locomoção. Confira as dez modalidades <strong>do</strong>s<br />
III Jogos Parapan-americanos.<br />
F41 a F46: atletas com amputação<br />
F51 a F58: cadeirantes<br />
2 - T (track, pista em inglês) para provas<br />
de velocidade, meio fun<strong>do</strong>, fun<strong>do</strong> e<br />
revezamento<br />
T11 a T13: atletas cegos e com deficiência visual<br />
T32 a T38: atletas com paralisia cerebral<br />
(de 32 a 34 cadeirantes e<br />
de 35 a 38 andantes)<br />
T42 a T46: atletas com amputação<br />
T51 a T54: cadeirantes<br />
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