Volume 2 - Ministério do Esporte

A
s cerimônias de abertura são o cartão de visitas dos Jogos Olímpicos e Pan-americanos.
E também uma reunião de indícios do que poderá ocorrer – para o bem ou para
o mal – durante as competições. É o momento ideal para o país-sede expor ao mundo
sua cultura, história e beleza. Para muitos, representam o ponto alto do evento. E
alguns dados sustentam esse argumento. Os ingressos, apesar de mais caros, são os primeiros
a se esgotar, e a audiência das emissoras de TV cresce na medida do impacto provocado pelas
imagens geradas da festa. Em transmissão ao vivo via satélite, pessoas dos quatro cantos do
planeta se conectam e, juntas, contemplam um grandioso espetáculo de luz, cor e som. As cenas
traduzem a mensagem de paz e união entre os povos, o princípio basilar dos Jogos Olímpicos e
Pan-americanos. A Austrália, país marcado pelo abismo que separa os povos indígenas dos descendentes
de colonizadores europeus, promoveu um simbólico gesto de reconciliação quando
ofereceu a Cathy Freeman, atleta de origem aborígene, a honra de acender a pira olímpica nos
Jogos de Sydney 2000. Em 2004, a Grécia, país criador dos Jogos, fez uma bela celebração na
qual reverenciou seu passado e lançou um olhar para o futuro.
O
Brasil, um país de inequívoca vocação
para a alegria, produziu
nos Jogos Pan-americanos uma
das mais belas cerimônias de
toda a história dos grandes eventos esportivos
mundiais. O País reconheceu no Pan a oportunidade
ideal para consolidar sua posição de
destaque no continente e, quem sabe, utilizálo
como plataforma de lançamento para vôos
mais altos.
Como determina o Plano Estratégico de Ações
Governamentais (PAG), documento no qual o
governo federal estabeleceu suas metas, diretrizes
e investimentos para os Jogos, a União
acompanhou o planejamento e a execução
das iniciativas de promoção e divulgação da
imagem do Brasil no exterior. Mais que isso,
o governo federal financiou quase a totalidade
dos custos das cerimônias dos Jogos, que
cumpriram os objetivos traçados pelo PAG.
As celebrações funcionaram como uma vitrine
da diversidade cultural brasileira e comprovaram
a capacidade do País de organizar grandes
espetáculos.
A excelência na produção da cerimônia de
abertura foi internacionalmente reconhecida.
Até junho de 2008 ela havia ganho oito prêmios
internacionais. Foram seis estatuetas do Telly
Awards, especializado em tevê, uma medalha
de ouro no Isems Awards, que avalia qualidade
técnica, cenográfica e de organizacão das
grandes disputas esportivas, e um troféu do
respeitado Emmy, considerado o Oscar da televisão,
na categoria Melhor Figurino (ver Uma
festa de prêmios internacionais ao final deste
capítulo).
Para garantir esse bom resultado, o governo
federal investiu cerca de R$ 51 milhões em
inúmeros itens relacionados a todos os tipos
de cerimônias dos Jogos Pan-americanos e
Parapan-americanos (abertura e encerramento
dos dois eventos, boas-vindas às delegações,
premiações aos medalhistas e ainda a
apresentação ao público das 47 modalidades
disputadas no Rio 2007).
Nesse valor se incluem contratação de
recursos humanos com diferentes perfis,
elaboração de protótipos, serviços de produção
de eventos, confecção de figurinos,
alegorias e bandeiras, montagem de palcos,
produção da pira, da trilha musical, das
medalhas e dos diplomas de participação,
iluminação e show de fogos. Esse total se
traduziu em diversos convênios com o CO-
Rio e em contrato com empresa produtora
de eventos.
Foto: Luciana Vermell / FIA
9