Volume 2 - Ministério do Esporte

E
ntre tanta beleza, o desfile das delegações também encantou.
Ao som de clássicos do chorinho, atletas dos 42 países desfilaram
entre os músicos e os ritmistas. Os brasileiros encerraram
o desfile. A entrada da equipe brasileira foi apoteótica. Com a
bandeira na mão, o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima chegou sambando.
“Nem quando estou correndo fico tão nervoso. Meu coração está
a mil. É uma emoção que nem sei explicar”, disse ele. A Miss Brasil 2007,
Natália Guimarães, levou a bandeira do Brasil ao centro do palco, onde
estavam as porta-bandeiras das outras delegações. “Foi um momento de
emoção pessoal, pelo papel que desempenhei, e de orgulho do Brasil, pela
demonstração de capacidade e de competência na organização de uma
festa simplesmente impecável”, disse logo depois, emocionada, a bela Natália.
Os atletas faziam coro “O Maraca é nosso!”, e a platéia, em uníssono,
cantava o verso que já virou hino: “Eu sou brasileiro, com muito orgulho,
com muito amor”. Era um povo feliz cantando a alegria de ser brasileiro.
O Pan, embora no Rio de Janeiro, mostrava mais uma vez que era do
Brasil. Um filme com imagens da passagem da Tocha Pan-americana por
várias cidades brasileiras anunciou a entrada da chama no estádio. O corredor
Joaquim Cruz, ouro nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984,
e prata em Seul, em 1988, foi o escolhido para acender a Pira Pan-americana,
desvendando aquele que era o maior segredo da noite. Como um
sol iluminando a noite, o calor da Pira aqueceu os milhares de corações
presentes ao Maracanã, que pediram por paz, algo clamado por todos os
credos, línguas e raças presentes à celebração. Ao som de aplausos, fogos
de artifício e voz de Daniela Mercury cantando “Aquarela do Brasil”, o
público se despediu da mais bela e tocante festa de abertura que os Jogos
Pan-americanos já viram.
Foto: Streeter Lecka / Getty Images
“Foi uma festa para
não sair da memória.
Conseguimos ver aqui
representadas todas
as culturas e tradições do
Brasil. O mundo conheceu
a riqueza do nosso País.
Só nós somos capazes
de fazer uma festa
como esta”.
Orlando Silva Jr.,
Ministro do Esporte,
durante a cerimônia
“Só fiquei sabendo que ia ser eu na noite
anterior. Fizeram de tudo para que eu mantivesse
em segredo. Acender a Pira aqui no Brasil é um
sonho que nunca imaginei viver. Meu gesto
simbolizou dar a vida ao acender a chama do
povo brasileiro.”
Joaquim Cruz, atleta brasileiro medalhista
em duas Olimpíadas.
Arquivo pessoal
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