Volume 2 - Ministério do Esporte

vertido e me senti muito bem no Brasil. Fui bem
tratado por todos aqui. Os brasileiros são muitos
gentis”, destacou o jogador de futebol de
sete canadense Scott Van den Boogaard.
O acendimento da Pira Parapan-americana
foi um dos momentos mais tocantes da cerimônia.
Um misto de emoções estampava
os rostos dos atletas. “Tudo foi maravilhoso,
mas a parte que mais me marcou foi a passagem
da tocha. É um símbolo muito importante
para nós atletas”, disse a nadadora brasileira
Tássia Fernandes. A chama foi acesa pelo
ex-atleta Luiz Carlos Pereira. Com nove medalhas
paraolímpicas – seis de ouro, três de prata
– e três recordes mundiais na Paraolimpíada
de Seul 1988, Luiz afirmou que o acendimento
da Pira representou o momento mais importante
de sua carreira esportiva. “Achei que não
existisse emoção maior para um atleta do que
ganhar a medalha de ouro. Mas hoje percebi
que estava enganado. Acender a Pira foi como
reacender a minha história no esporte. É importante
este momento, sobretudo ao esporte
paraolímpico, que muitas vezes cai no esquecimento”,
lembra o esportista.
A produção da cerimônia foi totalmente brasileira,
com direção artística de Luiz Stein e Rosa
Magalhães, direção musical de Alê Siqueira,
coreografia de Dani Lima e direção geral de
Leonardo Gryner. Sua concepção, criação e
produção ocorreram paralelamente à construção
da cerimônia de abertura do Pan. Todas
as contratações foram feitas através dos mesmos
convênios que subsidiaram a realização
das cerimônias dos Jogos Pan-americanos.
Desta maneira, respeitava-se o orçamento e
agilizava-se a produção. A Mondo Entretenimento,
a empresa produtora do evento, a Associação
de Mulheres Empreendedoras do
Brasil (Amebras), que confeccionou os trajes,
adereços e figurinos, e a empresa responsável
pela iluminação do show trabalharam nas
cerimônias do Pan e do Parapan. Um exemplo
de eqüidade administrativa.
Fotos: Marcelo Casal Jr. / Agência Brasil
Acrobacias e efeitos
especiais com luzes
deram o tom da festa
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