Volume 2 - Ministério do Esporte

Como dito anteriormente, o programa dos
Jogos cresceu exponencialmente, tanto
em estrutura quanto na parte organizacional.
Para concretizar o sonho nas dimensões
em que o Pan foi replanejado, era
necessária a contratação de mais mão-deobra
e, conseqüentemente, recursos para
atender às demandas administrativas que
aumentavam a cada dia. A prefeitura, já
com orçamento sobrecarregado, não assumiu
a responsabilidade de ampliar os repasses
de verba para o custeio do CO-Rio.
“Eu não tinha dinheiro para formar equipe.
O orçamento era zero, a equipe era zero e
só tinha uma pessoa cuidando de todo o
processo: eu. Só em janeiro de 2007 chegou
o dinheiro para a gente tocar o projeto”,
explicou Gryner.
Setembro de 2006 foi um mês crítico. O enredo
da cerimônia de abertura estava pronto,
mas, por falta de dinheiro, os diretores artísticos
não podiam começar a produção de
fato. A insegurança tomava conta de várias
frentes da equipe. A possibilidade de não
realização da cerimônia, um vexame que
causaria sérios danos à imagem e reputação
do País no exterior, começava a pairar.
Alê Siqueira, pronto para entrar em estúdio,
e Rosa Magalhães, cuja área era uma das
mais delicadas em função do nível de detalhamento
do trabalho, pouco podiam fazer.
Com receio, a carnavalesca pensava em
abandonar o projeto. O tempo hábil para
a abertura do processo de licitação para a
escolha da empresa produtora do espetáculo
se estreitava. “A verdade é que, quando
o processo não começa, não anda, é
desesperador. Cheguei a pensar que não ia
haver a cerimônia”, admite hoje uma aliviada
Rosa Magalhães.
Fotos: Ronaldo Smoleanschi / CO-Rio
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O atraso também desrespeitava o Acordo
de Responsabilidade e Obrigações assinado
pelo Brasil quando recebeu o direito de
sediar o Pan. De acordo com o documento,
o País deveria submeter à avaliação o programa
cultural e o projeto de cerimônia de