Volume 2 - Ministério do Esporte

Encerramento
A
pesar de o desfecho do Pan ser
uma grande festa, a nostalgia é inevitável.
Clima de despedida no ar,
o 29 de julho de 2007 amanheceu
melancólico. Os céus cariocas se fecharam e
as nuvens choraram o anunciado fim dos XV
Jogos Pan-americanos. Na cerimônia de encerramento,
o Maracanã, vestido de verdeamarelo,
também chorou o trágico acidente
aéreo que havia abalado o País na noite de 17
de julho no Aeroporto de Congonhas, em São
Paulo. Em uma singela homenagem às famílias
das vítimas, a bandeira nacional foi hasteada
por nove policiais militares do Corpo de
Bombeiros de São Paulo que participaram do
resgate no local do acidente. Sob lágrimas,
orações e forte emoção, o Hino Nacional foi
entoado em coro nas arquibancadas.
A cerimônia de encerramento é o momento de
transição para a próxima sede. Mas nem por
isso é menos bela. É uma festa dos atletas, um
momento para celebrar a amizade entre as nações
e as conquistas durante os Jogos. Muitos
desfilaram com suas medalhas no peito, orgulhosos
de seus feitos. Em um misto de saudade
e alegria, lágrimas e sorrisos apareciam ao
mesmo tempo nos rostos dos competidores.
A cerimônia de encerramento é também uma
oportunidade para o país anfitrião deixar sua
marca de forma positiva e reforçar a exposição
de sua imagem na lembrança de atletas, da
mídia e do público. Para o Brasil, não haveria
melhor forma de fechar o ciclo que se iniciou
em 2002, quando conquistou o direito de organizar
os Jogos.
Foto: Harry How / Getty Images
Em seu discurso fi nal, Mario Vásquez Raña,
presidente da Odepa, afi rmou que os XV Jogos
Pan-americanos foram os melhores de
toda história. E completou: “as Américas estão
prontas para pleitear o direito de sediar
os Jogos Olímpicos”. A descontração e a
alegria dos participantes são elementos marcantes
no encerramento do Pan. Se na abertura
os atletas se apresentavam ao público
divididos por nacionalidade, na cerimônia
de encerramento todos entraram juntos. DJs
alternavam-se nas picapes tocando funks ca-
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