Volume 2 - Ministério do Esporte

As bandeiras de todas as nações
A
Bandeira Nacional é um dos símbolos
máximos da soberania de
um país. Suas cores, traçados e
desenhos retratam em cada detalhe
a história e as tradições de um povo. A
Bandeira do Brasil conta a formação do Estado
soberano brasileiro. O aclamado verde-amarelo
é herança dinástica, advinda da
Casa Real de Bragança, da qual fazia parte
o imperador D. Pedro I, e da Casa Real dos
Habsburg, à qual pertencia a imperatriz D. Leopoldina.
Consideradas símbolos das lutas e
vitórias gloriosas na defesa da Pátria, as cores
do Império foram mantidas mesmo após
a proclamação da República. Porém, no lugar
do brasão imperial, foi impresso o azul celeste
com as estrelas que brilhavam no céu do
dia 15 de novembro de 1889.
Assim como a Bandeira do Brasil, todas as
flâmulas dos países, dos comitês olímpicos e
das organizações envolvidas nos Jogos carregam
consigo respeito e simbolismo. Para
evitar incidente diplomático, a confecção das
bandeiras deve ocorrer com muita atenção
ao rigor do padrão de suas cores e formas.
Por isso, o CO-Rio, responsável por prover as
bandeiras do evento, tomou cuidados na seleção
da empresa fornecedora do material. Primeiro,
ficou definido que todas as bandeiras
deveriam ser produzidas por um único fornecedor.
A empresa selecionada foi a fluminense
Air Show Sports incumbida de fornecer bandeiras
do Brasil, do Estado do Rio de Janeiro,
do Município do Rio de Janeiro, do Comitê Organizador
dos XV Jogos Pan-americanos, de
cada país participante, do Comitê Olímpico Internacional
(COI), do Comitê Paraolímpico Internacional
(IPC), da Organização Desportiva
Pan-americana (Odepa), do Comitê Paraolímpico
das Américas (APC) e da Associação das
Confederações Desportivas Pan-americanas
(Acodepa), num total de 2.932 unidades de diversos
tamanhos.
O contrato foi viabilizado por verba federal,
através do convênio nº 21/2007 entre o CO-
Rio e o Ministério do Esporte, que repassou
R$ 387.648,65. A produção das bandeiras
passou por rigoroso processo de avaliação e
aprovação. Foram confeccionados modelos
de cada flâmula para avaliar tecido, tamanho,
identificação das cores e o desenho de cada
uma para primeira análise. Depois de aprovadas,
foram encaminhadas para cada Comitê
Olímpico Nacional e organizações multiesportivas.
Só depois de chanceladas é que iriam
para a linha de fabricação. Já em solo brasileiro,
cada entidade fez uma última verificação
para que as mesmas pudessem finalmente ser
usadas nos Jogos. Elas foram utilizadas nas
cerimônias de abertura, encerramento, premiação
e boas vindas. As flâmulas também
compunham a decoração das instalações esportivas
e das mesas dos chefes de cada Comitê
Olímpico e das organizações desportivas
internacionais. Elas são produzidas em tamanhos
diferentes por orientação dos protocolos
olímpico e internacional.
Um clima de melancolia e tristeza chegou à
festa dos XV Jogos Pan-americanos. O acidente
com o avião da TAM, no dia 17 de julho,
no aeroporto de Congonhas, em São Paulo,
causou comoção. O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva decretou luto oficial de três dias
em respeito às 199 vítimas do maior desastre
da história da aviação brasileira. Nas instalações
dos Jogos, todas as bandeiras foram erguidas
a meio mastro. Nenhuma flâmula pôde
ser hasteada acima da brasileira em solo nacional.
Dentro das arenas de competição, uma
faixa preta compôs o uniforme dos jogadores
das equipes brasileiras.
Em todas as cerimônias de premiação realizadas
durante o luto, as bandeiras foram hasteadas
até o topo e, em seguida, baixadas a
meio mastro. Infelizmente uma outra tragédia
fez baixar a bandeira de um país participante.
Em 15 de agosto, durante as competições do
Parapan-americano, um terremoto de grandes
proporções matou mais de 500 pessoas no
Peru. Foi uma das maiores catástrofes naturais
ocorridas na América do Sul nos últimos
cem anos. Em homenagem às suas vítimas, o
país vizinho determinou o hasteamento parcial
de sua flâmula.
63