Volume 2 - Ministério do Esporte

Foto: Michael Roger Stringer / Getty Images
O cientista indiano Kapany: revolução
com o protótipo da fibra ótica em 1958
Estampado nos placares eletrônicos do ginásio,
o dez de Nadia correu o mundo. Não é
possível imaginar os Jogos hoje sem a mobilização
mundial gerada pelas transmissões
ao vivo. Mas, claro, nem sempre foi assim. O
primeiro registro de transmissão de Olimpíadas
data de 1932, quando a rede americana
NBC resumiu em boletins noturnos de rádio os
resultados do dia. Nos Jogos seguintes, Berlim
1936, a posição estratégica da distribuição
de imagens ficou em evidência. A cineasta
alemã Leni Riefenstahl, sob o comando do III
Reich, filmava, durante os Jogos de Berlim, o
clássico documentário Olímpia, com imagens
de atletas em movimento. Paralelamente, era
realizada a primeira transmissão de televisão
das Olimpíadas em circuito fechado. Em salas
de exibição de Berlim, 162.228 alemães foram
contabilizados. Para efeito de comparação, de
acordo com o CO-Rio, mais de um milhão de
espectadores assistiram ao Rio 2007.
Após o intervalo forjado pela Segunda Guerra
Mundial, que impediu a realização dos Jogos
de 1940 e 1944, a edição de Londres 1948 reacendeu
não apenas a pira olímpica, mas também
a discussão sobre como seria integrada ao
evento a televisão, a nova mídia que começava
a tomar conta dos lares no mundo. Apenas 80
mil lares britânicos recebiam sinal ao vivo e as
transmisões eram restritas a um raio de 80 km
em torno de Londres. Um acordo entre a BBC
e o comitê londrino estabeleceu a exigência de
compra de direitos de transmissão dos Jogos.
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