Volume 2 - Ministério do Esporte

Cidade dos Esportes
O
complexo Cidade dos Esportes,
construído na área do Autódromo
Nelson Piquet, em Jacarepaguá,
compreende algumas das instalações
mais elogiadas por atletas e público
nos Jogos Pan e Parapan-americanos, onde
foram disputadas oito modalidades. A participação
do governo federal foi determinante
para viabilizar o conjunto. Do custo final de
R$ 84,9 milhões do Parque Aquático Maria
Lenk, R$ 60 milhões foram repassados pelo
Ministério do Esporte à prefeitura em forma
de convênio. A construção do Velódromo, ao
custo final de R$ 14,1 milhões, também teve
aporte federal para a importação da pista,
por meio de convênio com o Comitê Olímpico
Brasileiro no valor de R$ 2,1 milhões. Vale
mencionar que no plano original dos Jogos o
Velódromo seria provisório, mas, em virtude
de o País não contar com instalação desse
nível para o ciclismo, optou-se por construí-lo
em definitivo. Somando-se ao custo da Arena
Olímpica – de R$ 127,4 milhões –, no total,
a Cidade dos Esportes custou R$ 233,2
milhões, contra R$ 113 milhões previstos no
dossiê revisado em fevereiro de 2003 e R$
204 milhões na Matriz de Responsabilidades,
quatro anos depois.
A intenção inicial da prefeitura era de que o
consórcio Rio Sport Plaza, vencedor de licitação
em sistema de concessão feita em
2004, erguesse o conjunto de instalações e,
em troca, ganhasse o direito de explorar o
local por 50 anos – renováveis por mais 50.
Entre os compromissos assumidos pelo
consórcio, estava também o de construção
de um novo autódromo no município, em
substituição àquele que seria transformado
em Cidade dos Esportes. No entanto, o
grupo formado pelas empresas Odebrecht,
Camargo Corrêa, Logos Engenharia e Rio Sport
Plaza Gerenciamento, depois de anunciar investimentos
de R$ 450 milhões, desistiu da
obra, em novembro de 2005. “Chegaram a
O Maria Lenk, em primeiro
plano, a Arena e o Velódromo
ao fundo: distância entre eles
preserva traçado original do
Autódromo de Jacarepaguá
fazer uma apresentação para a Odepa, mas
quatro ou cinco meses depois abandonaram
o barco”, diz o prefeito César Maia.
Sem a participação da iniciativa privada, o poder
público arcou com a construção de todo
o complexo. Para isso, foram feitas novas licitações
para cada uma das instalações em
2006, ano em que as obras começaram: a
Arena Olímpica, em abril; o Parque Aquático
Maria Lenk, em maio; e o Velódromo, em novembro.
Como a prefeitura não dispunha de
recursos para a totalidade das obras, em ja-
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