Volume 2 - MinistÃ©rio do Esporte

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CIDADE MARAVILHOSA. E PROTEGIDA POR TERRA, CÉU E MAR N enhum incidente de violência abalou os XV Jogos Pan-americanos. Graças ao planejamento e à execução das ações de segurança, comandados pelo Ministério da Justiça através da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), a Família Pan-americana viveu no Rio de Janeiro dias de absoluta tranqüilidade. Como abordado, o clima de confraternização foi garantido pelo zelo ininterrupto de milhares de policiais, vindos de todo o País, munidos de equipamentos e sistemas de informação de alta tecnologia. Nenhuma área de interesse para o evento, por onde circularam atletas, público e delegações, escapou dos cuidados das dezenas de centros de segurança instalados e equipados pelo governo federal. Como resultado, quedas nos índices de criminalidade durante os Jogos. A seguir, o esquema de operações. Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte 290
Avaliação O QUE DEU CERTO 11 dos 16 índices de violência caíram na capital em relação ao mês anterior aos Jogos; O sucesso do funcionamento do CIJ provou o acerto do modelo utilizado. A ação foi bem coordenada entre inteligência e órgãos de repressão; A inauguração, na prática, do modelo de Segurança Cidadã, deu certo. O conceito teve excelente aceitação, em face dos bons resultados da segurança nos Jogos, junto à sociedade e a outros países. Os projetos sociais formaram milhares de moradores de comunidades carentes; Os equipamentos adquiridos, embora com atraso, são de última geração, fato apontado por profissionais da segurança pública envolvidos com a preparação dos Jogos; A atuação da Força Nacional durante os Jogos foi bem-sucedida; A integração, inédita até então, entre os diferentes órgãos e instituições de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro e do País ocorreu sem ruídos ou interferências. O QUE PODERIA SER MELHOR Os atrasos de até três meses nos pagamentos dos alunos dos cursos de Guias Cívicos levaram à desistência de muitos. Dos 10,5 mil alunos, 6,5 mil foram habilitados a trabalhar durante os Jogos; A Abin só começou a receber os recursos a partir do primeiro trimestre de 2006. A Agência considerou curto o tempo de um ano e meio antes dos Jogos para executar compras e ampliar operações; A falta de pessoal contratado pelo CO-Rio, responsável pela checagem das credenciais nas instalações, causou problemas nos primeiros dias. A Força Nacional assumiu a tarefa, que não era dela, para garantir a segurança dos locais. Mas não estava treinada nem preparada para a função. SUGESTÕES É necessário entrar na fase de execução, no mínimo, quatro anos antes do evento. As compras, segundo José Hilário de Medeiros, devem começar, pelo menos, dois anos antes, para que as pessoas sejam treinadas adequadamente; Para eventos futuros, o coordenador de Segurança dos Jogos também recomenda que se “redistribuam delegacias e aumente o policiamento comunitário”; Aumenta cada vez mais o número de adeptos da tese de que, nas áreas internas das instalações, a segurança deve ser privada, assim como em cinemas, teatros e casas de shows. A medida desoneraria o poder público, que fi caria com a atuação em escala reduzida, e não eliminada por completo, no caso de grandes eventos; É preciso que os órgãos de segurança sejam consultados sobre os locais onde se pretendem construir equipamentos esportivos porque, eventualmente, o espaço urbano ao redor da instalação precisa ser readequado para dar condições de acesso aos agentes e equipamentos de segurança em caso de emergência; O ideal é que o planejamento logístico seja feito em conjunto com o de segurança desde o início, para que ajustes de última hora não sejam necessários; Os uniformes das polícias podem ser readequados. “Houve uma evolução da sociedade e temos uma polícia com o fardamento inadequado para determinados locais, como, por exemplo, o coturno dentro das instalações”, conclui José Hilário; Para Daniel Sampaio, da Polícia Federal, a instituição precisa estar melhor preparada para grandes eventos. “Trabalhamos na base do improviso”. Por isso, sugere que seja criada uma unidade de grandes eventos dentro da PF, “assim teremos estrutura e conhecimento sobre como fazer. Planejaremos com antecedência”, diz. 295
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