Volume 2 - Ministério do Esporte

de aproveitar a mão-de-obra especializada
e gerar emprego o ano todo”, esclarece. O
projeto foi marcante também para jovens
universitários do curso técnico de Gestão do
Carnaval, oferecido pela Universidade Estácio
de Sá, instituição privada de ensino superior
do Rio de Janeiro. Eles estagiaram em
sua área de formação, produção e gestão de
eventos artísticos e carnavalescos, conhecendo
de perto os bastidores de um grande
evento. Alguns, pela primeira vez.
Para Carolina Dornelles, 26 anos, o estágio
no Barracão foi uma oportunidade de expandir
seus conhecimentos e trabalhar próximo
a profissionais que admira, como Rosa
Magalhães e Rossy Amoedo. Experiente em
costura e decoração, Carolina teve no Pan
a chance de aprender uma nova técnica
carnavalesca: a escultura. A estudante trabalhou
na confecção da alegoria vedete da
cerimônia de abertura: o jacaré de 35 metros
que representava parte da diversidade
da fauna brasileira. “Eu acompanhei a construção
do jacaré desde o ferro. Toda a cerimônia
foi linda, mas, quando o jacaré entrou
no estádio se movimentando, me joguei no
chão e comecei a chorar. Foi lindo! Pretendo
ir a Parintins conhecer melhor a técnica de
movimentação da alegoria”. A experiência
no Pan lhe rendeu novos convites de trabalho
e hoje atua como assistente de produção
do carnavalesco Milton Cunha. “A cerimônia
de abertura foi uma vitrine de talentos. Muitos
que participaram da produção do evento
se encaminharam para seus setores. Boa
parte do que vivo profissionalmente hoje é
devido a meu estágio no Pan. Foi o ponto de
partida”, avalia.
O trabalho nos três barracões da Cidade do
Samba era incessante e acompanhado de
perto pela criadora. No local, centenas de
máquinas de costura davam forma e vida aos
desenhos traçados. No Maracanã, o correcorre
também era enorme. Os cerca de 5 mil
voluntários que participariam da cerimônia
– dançarinos, ginastas e profissionais de artes
circense e dramática – repetiam as mar-
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Foto: Ronaldo Smoleanschi / CO-Rio