Volume 2 - Ministério do Esporte

Começa a festa
P
ara atender às necessidades dos
atletas competidores desde o momento
em que desembarcassem
em solo brasileiro, foi montado um
esquema nos aeroportos internacionais Antônio
Carlos Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro,
e André Franco Montoro (Cumbica), em São
Paulo, que recebeu muitas delegações estrangeiras
em conexão. Além de adaptações
físicas, funcionários da Infraero, do Comitê
Organizador dos Jogos (CO-Rio) e da comunidade
aeroportuária participaram de workshop
de Atendimento a Pessoas com Deficiência ou
Mobilidade Reduzida.
No Galeão, 686 colaboradores foram preparados,
sendo 191 da Infraero, 76 do CO-Rio e 419
funcionários dos aeroportos que lidavam com o
público. Em São Paulo, aproximadamente 300,
entre eles profissionais da Infraero, de empresas
aéreas, apoio e concessionários, participaram
do treinamento. Os participantes receberam
instruções sobre técnicas específicas de recepção
ao passageiro com deficiência e manuseio
de equipamentos, principalmente cadeira de rodas.
Foram ensinados procedimentos de transferência
de pessoas com paraplegia, tetraplegia
e amputados por profissionais do Hospital Sarah
Kubitscheck, referência na América Latina
no atendimento a pessoas com problemas neurológicos
ou motores. Para identificar possíveis
falhas nos processos de embarque e de desembarque
dos atletas e testar situações especiais
que requerem esses passageiros, em agosto
de 2007, foi realizada uma simulação para corrigir
possíveis equívocos e preparar o aeroporto
do Galeão. No Parapan, todo o treinamento de
transporte e serviços mostrou-se eficiente. Uma
das provas de fogo foi a recepção à delegação
venezuelana, que, com mais de 200 atletas,
chegou de surpresa em plena madrugada. Para
atender ao aumento do fluxo de passageiros
do Galeão, também foi criada uma força-tarefa
entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) e as vigilâncias estadual e municipal.
O trabalho foi direcionado, principalmente,
aos vôos internacionais que traziam turistas e
delegações esportivas estrangeiras. O mesmo
trabalho aconteceu no Pan. Além de prestar informações,
o reforço visou agilizar a liberação
de bagagens.
Na inspeção das bagagens, a força-tarefa tinha
atenção especial para com os medicamentos,
equipamentos médicos, artigos de higiene
pessoal, produtos e substâncias químicas, entre
outros. Em março de 2007, os chefes das
delegações receberam cartilhas com orientações
sobre os procedimentos exigidos pela
legislação sanitária brasileira para a entrada
desses produtos no Brasil.
O médico-chefe de cada delegação ficou responsável
pela guarda e utilização dos produtos,
que só poderiam ser utilizados pelos
atletas que disputavam o Parapan. Ele deveria
informar à Anvisa que medicamento trazia e
qual a sua prescrição. “A norma evita riscos
à saúde pública, já que exige a comunicação
prévia para a entrada dos produtos no País e
proíbe a entrada de outros que não são permitidos”,
explica a gerente da Anvisa Oacy de
Mello Toledo. Outra atribuição da equipe foi
verificar se o viajante apresentou febre, vômito,
diarréia ou outros sintomas de doenças
durante o vôo, evitando epidemias no País. Os
fiscais também conferiram a validade do Certificado
Internacional de Vacinação (CIV).
Da esq. para a dir., cadeirantes na área especial
da Arena Multiuso e cenas do treinamento e da
recepção aos atletas do Parapan
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Fotos: Arquivo / Infraero